Albertina Gonçalves, secretária-geral do Ministério do Ambiente e Ordenamento do Território, advogada e sócia de Miguel Macedo, ministro da Administração Interna, demitiu-se do cargo que ocupa no Governo na sequência da investigação em curso sobre corrupção na emissão de vistos Gold. A notícia foi avançada pela TVI 24. Segundo a Lusa, também a secretária geral da Justiça, Maria Antónia Anes, pediu a demissão depois de ter sido detida. Já o presidente do Instituto de Registos e Notariado, António Figueiredo, pediu a suspensão de funções.

Na quinta-feira, Albertina Gonçalves foi constituída arguida do processo, mas não foi detida.

Paula Teixeira da Cruz, ministra da Justiça, defendeu ontem (quinta-feira) que “qualquer pessoa que ponha em causa uma instituição deve imediatamente apresentar o seu pedido de demissão ou de suspensão de funções.”

A operação, batizada de “Labirinto” pela Polícia Judiciária, resultou na detenção de 11 pessoas, entre as quais o diretor do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Manuel Palos, o presidente do Instituto de Registos e Notariado, António Figueiredo, e Maria Antónia Alves, secretária-geral do Ministério da Justiça.

Segundo a agência Lusa, os 11 detidos no âmbito da investigação à aquisição de vistos dourados deverão começar a ser ouvidos hoje à tarde no Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa (TCIC). De acordo com a mesma fonte, a audição dos detidos pelo juiz do TCIC, Carlos Alexandre, só deverá começar após o almoço, uma vez que há muita documentação para compilar e juntar ao processo.

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