O Governo dos Estados Unidos aplaudiu a decisão dos estúdios Sony, anunciada nesta terça-feira, de, apesar das ameaças de ataques informáticos, exibirem um filme sobre a Coreia do Norte num número limitado de salas. “O nosso país acredita na liberdade de expressão e no direito à livre expressão artística”, comunciou Eric Schultz, porta-voz da Casa Branca., acrescentando que “a decisão da Sony (…) vai permitir ao público formar a sua própria opinião sobre o filme”.

Um número limitado de salas de cinema nos Estados Unidos vai exibir a comédia “Uma entrevista de loucos” (“The interview”, no título original), sobre uma conspiração da agência de espionagem CIA para assassinar o líder norte-coreano, Kim Jong-Un, produzida pela Sony Pictures. O filme tem estreia marcada para quinta-feira, dia de natal, a data prevista de exibição antes de a Sony ter sido alvo do pior ciberataque registado nos Estados Unidos.

O ataque paralisou o sistema informático da empresa e incluiu a difusão, na Internet, de cinco filmes dos estúdios, alguns ainda por estrear, de dados pessoais de 47 mil empregados, de documentos confidenciais, como o argumento do próximo filme da saga James Bond, e de um conjunto de mensagens de correio eletrónico embaraçosas para os dirigentes da Sony.

Os Estados Unidos responsabilizaram a Coreia do Norte pelo ataque, que foi reivindicado pelo grupo de piratas informáticos GOP, e exigiram uma indemnização para a Sony. A Coreia do Norte negou qualquer envolvimento no ataque e ameaçou Washington com represálias caso seja alvo de sanções.

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