Em dezembro, o grupo terrorista e auto proclamado Estado Islâmico, que domina vastas áreas de território entre a Síria e o Iraque, mandou encerrar todas as escolas sob o seu domínio, privando assim diariamente 670 mil crianças de terem acesso à educação, declarou a UNICEF esta terça-feira. O conflito militar e a devastação de infraestruturas na Síria, faz com que mais de dois milhões de crianças não frequentem diariamente a escola.

Desde novembro que o Estado Islâmico está a rever os programas ensinados às crianças no leste da Síria para integrar regras e conhecimentos religiosos no currículo educativo, no entanto, a revisão levou ao encerramento das escolas, medida que em dezembro, os terroristas decidiram estender a todos os territórios que controlam. Esta medida, segundo a UNICEF anunciou esta terça-feira em Genebra levou a que 670 mil crianças deixassem de ter acesso à escola, disse o porta-voz da organização, Christophe Boulierac, numa conferência de imprensa.

A UNICEF estima ainda que tenham morrido 160 crianças em ataques a escolas e 343 tenham ficado feridas enquanto estavam nas aulas — os números são apenas indicativos, já que, segundo Boulierac, os dados corretos são difíceis de obter. “Para além da falta de acesso à escola, os ataques às escolas ainda abertas, lembram de forma horrífica tanto alunos como professores, do preço que as crianças têm vindo a pagar no conflito na Síria, que está prestes a entrar no quinto ano consecutivo”, afirmou Boulierac.

Há mais de 4 milhões de crianças inscritas no ensino primário e secundário na Síria, mas atualmente, apenas metade dessas crianças vai à escola de forma regular.

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