O brasileiro Marco Archer foi este sábado executado na Indonésia depois de ter sido detido por tráfico de droga em 2010. O instrutor de voo trazia 13 quilos de cocaína escondidos nos tubos de um asa delta. Quando foi detetado no aeroporto de Jacarta ainda tentou fugir, mas acabou preso duas semanas depois. Na Indonésia o crime de tráfico de droga é punido com fuzilamento.

A presidente brasileira, Dilma Rousseff, ainda tentou interceder pelo atleta e pedir às autoridades da Indonésia para não executarem o cidadão brasileiro. Mas o seu homólogo rejeitou. “Todos os trâmites jurídicos foram seguidos conforme a lei indonésia e aos brasileiros foi garantido o devido processo legal”, revelou a presidência em comunicado.

Além do cidadão brasileiro, foram também executados cidadãos originários da Holanda, Vietname, Malawi e Nigéria. Dilma Rousseff já divulgou uma nota a dizer sentir-se “consternada e indignada” com a execução.

“A Indonésia é um país tranquilo, bem aberto, mas eles são muito restritos com relação às drogas. Se a pessoa for pega com um cigarro de maconha, ela vai ser presa e está arriscada a passar até oito anos na cadeia”, afirmou o ex-cônsul do Brasil em Bali, Renato Vianna.

E acrescentou que esta lei está em vigor há 15 anos e que existem 138 pessoas para serem executadas – metade são estrangeiras, referiu à Globo. As leis da Indonésia contra crimes relacionados a drogas estão entre as mais rígidas do mundo.

“Com isto [as execuções], mandamos uma mensagem clara para os membros dos cartéis do narcotráfico. Não há clemência para os traficantes”, relatou à imprensa local Muhammad Prasetyo, procurador-geral da Indonésia.

 

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