Em 2014, de acordo com os dados provisórios revelados esta quarta-feira pela Direção Geral de Saúde (DGS) a propósito do Dia do Doente, a percentagem de portugueses que morreu antes dos 70 anos de idade baixou de 23,3% para os 22,6%, ainda longe do compromisso assumido por Portugal de chegar aos 20% até 2020. Por isso mesmo a DGS sublinha que “a morte prematura constitui um desafio que não pode ser ignorado”.

As causas de mortalidade prematura variam consoante os grupos etários. No período infantil, os óbitos devem-se sobretudo a malformações congénitas e baixo peso, por exemplo; nos jovens são os acidentes a principal causa de morte; já na idade adulta são as doenças crónicas não transmissíveis, como as doenças cerebrocardiovasculares e a doença oncológica as principais responsáveis por mortes prematuras.

Taxa de mortalidade infantil voltou a descer

Uma boa notícia é que a taxa de mortalidade infantil – óbitos antes de 1 ano de idade – voltou a descer em 2014 de 2.95 para 2.85 por mil nados vivos e a taxa de mortalidade materna persiste com valores que colocam Portugal na linha da frente em termos mundiais, 8 por 100 mil nados vivos.

Esta evolução positiva da mortalidade infantil e também abaixo dos 5 anos “estão, seguramente, relacionados com a melhoria da prestação dos cuidados na área materno-infantil, incluindo a evolução da cobertura vacinal, que é muito elevada, superior a 97%, em média”, explica a DGS, numa nota publicada no seu site.

A DGS chama porém a atenção para um outro “problema de saúde pública em Portugal”: o baixo peso à nascença (menos de 2,5 kg), “que tem sido associado à idade cada vez mais avançada das mães e ao tabagismo”. Em 2013, em Portugal continental, registaram-se 6.850 nascimentos com baixo peso.

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