Uma exposição com desenhos dos séculos XVI a XVIII, criados por autores como Rembrandt, Fragonard ou o português Vieira Lusitano, vai ser inaugurada na terça-feira, no Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), em Lisboa.

Comissariada por Alexandra Gomes Markl, a exposição intitula-se “O belo vermelho, desenhos a sanguínea” e reunirá 22 obras na Sala do Mezanino, até 28 de junho, indicou a fonte do museu, contactada pela agência Lusa.

O uso da sanguínea – uma espécie de ­”giz vermelho”, resultado da mistura de caulino e hematite – revelou-se um meio de expressão com aptidões plásticas, que seduziu muitos artistas.

Para esta seleção, foram selecionados desenhos de autores como Vieira Lusitano e Vieira Portuense, Rembrandt, Luís de Morales, Guercino, Charlier, Quillard, Gabbiani, Sagrestani, Fragonard, Bourdon, Salvatores Fontebasso, entre outros mestres da pintura europeia.

Pigmento natural, a hematite – a que os gregos da Antiguidade chamaram “pedra de sangue” -, um mineral rico em ferro, extraído de jazidas na Europa.

Entre os séculos XVI e XVIII, a generalidade dos artistas europeus usava a sanguínea, e era apreciada sobretudo no desenho da figura humana, por reproduzir o efeito quente do tom da pele, mas acabou por estender-se a outros temas, da paisagem às chamadas cenas de género – cenas do quotidiano, reproduzidas num estilo realista e sóbrio.

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