Agora com sinal reforçado em Lisboa 98.7 FM No Porto 98.4 FM Início / Ciência Seguir Ressonar pode antecipar problemas cognitivos Um novo estudo concluiu que ressonar ou sofrer de apneia do sono pode antecipar doenças mentais, como o Alzheimer. Mas a situação pode ser evitada com o tratamento dos problemas respiratórios. Observador Texto 19 Abr 2015, 12:47 i ▲Problemas respiratórios durante o sono podem antecipar a demência Getty Images ▲Problemas respiratórios durante o sono podem antecipar a demência Getty Images Ressonar profundamente e sofrer de apneia do sono podem estar ligados à perda de memória e a um défice cognitivo ligeiro numa idade inferior à normal de acordo com um novo estudo apresentado na revista científica Neurologia e divulgado pelo The Independent. Em comparação com as pessoas que não demonstram quaisquer problemas respiratórios durante o sono, o trabalho chegou à conclusão que quem padece daquele género de deficiências pode contrair o défice cognitivo mais de dez anos antes, numa situação que está na origem de doenças relacionadas com a degeneração das capacidades intelectuais, como o Alzheimer.A boa notícia é que o estudo também concluiu que quem se sujeita a tratamento daqueles problemas respiratórios pode adiar o eventual défice cognitivo ligeiro e contraí-lo apenas uma década depois daquelas pessoas que não se tenham sujeitado à correção dos problemas respiratórios em causa. Ricardo Osorio, o investigador que liderou a realização do estudo e que incluiu a análise de pacientes com Alzheimer, afirmou que, “tendo em conta que existem tantos adultos que sofrem de problemas respiratórios, os resultados [do trabalho] são entusiasmantes. Precisamos de analisar se o recurso a um dispositivo” que ajude a fazer a respiração de forma normal “pode prevenir ou adiar” a perda de memória e problemas com o raciocínio.A respiração anómala durante o sono é um um problema grave para muitas pessoas idosas e afeta 52% dos homens e 26% das mulheres. O estudo foi realizado através da observação de 2.470 casos de pessoas, com idades compreendidas entre os 55 e os 90 anos, que não sofriam qualquer problema de demência, que apresentavam os primeiros sintomas de défice cognitivo ligeiro ou que sofriam da doença de Alzheimer.