Morreu esta segunda-feira, 22 de junho, a estrela italiana Laura Antonelli. A atriz foi encontrada morta na sua casa, perto de Roma, pela emprega de limpeza, segundo o espanhol El País. Antonelli foi um mito erótico europeu da década de 1970 e um dos sex symbol do cinema italiano. Faleceu aos 74 anos, esquecida pelo mundo.

Nasceu Laura Antonaz em 1941 na cidade de Pula, hoje na Croácia, mas que na altura — em plena Segunda Guerra Mundial — fazia parte de Itália. Em menina viveu em Roma e aí trabalhou temporariamente como professora de educação física. Mais tarde, um anúncio para a bebida gaseificada Coca-Cola e alguns trabalhos para fotonovelas acabariam por mudar-lhe o rumo profissional: contava 25 anos quando se estreou na indústria do cinema com o filme Le Sedicenni (1965).

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A atriz conheceu a fama graças à sua participação em filmes italianos de teor erótico, produzidos e emitidos no final dos anos 1960 e no início da década de 1970 — são exemplo A Minha Mulher é um Violonsexo (1971), de Pasquale Festa Campanile, Sexo Louco (1973), de Dino Risi, ou O Intruso, de Luchino Visconti (1976). Mas foi a película Malícia, de 1973, que a apresentou ao mundo e fez dela um rosto (e o resto) quase inesquecível.

Apesar dos filmes que protagonizou darem um claro destaque à carne, como conta o El País, Antonelli foi, muito provavelmente, melhor atriz do que aquilo que demonstrou na grande tela. Mas houve outros obstáculos à sua carreira: em abril de 1991 foi apanhada com 36 gramas de cocaína em casa, o que despoletou um processo judicial demorado; e submeteu-se a cirurgias estéticas com resultados desastrosos.

Insucessos vários levaram-na a afastar-se definitivamente do olhar público, anos depois de ser reconhecida como um sex symbol de uma geração.