A crinolina deixou a sua marca no guarda-roupa da época vitoriana. Apareceu em meados do século XIX e tratava-se de uma armação feita de crina de cavalo e linho – materiais que inspiraram o seu nome – e que prendia vários aros de metal, formando uma gaiola, que era usada por baixo das saias das senhoras para lhes dar volume. Escondida por debaixo das roupas, a crinolina escondia outro segredo: terá causado a morte a 3.000 mulheres… Por pegar fogo.

A popularidade da peça vitoriana, descrita pela revista satírica Punch como “Crinolinemania”, era tal, que todos os dias as fábricas de ferro dedicadas exclusivamente à sua produção fabricavam cerca de 3.000 unidades.
Segundo o historiador de moda Jonathan Walford, a peça era mais higiénica e saudável do que utilizar várias camadas de saias para dar volume ao vestido. Mas para além de ser bastante difícil de vestir, a crinolina era altamente inflamável.

Para piorar a situação, naquela época, os materiais utilizados para limpar as saias de seda a seco tinham o petróleo como ingrediente base. Sendo que os resíduos se mantinham nas peças e as tornavam ainda mais suscetíveis de se incendiarem. Desde o final de 1850 ao fim de 1860, cerca de 3.000 mulheres morreram devido a crinolinas que pegaram fogo em Inglaterra, segundo a Mashable.

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