O presidente da FIFA, Joseph Blatter, assumiu que não irá recandidatar-se a um quinto mandato e que sofreu pressões para se demitir, após o recente escândalo de corrupção que abalou o organismo que tutela o futebol mundial.

“Eu não vou ser candidato às eleições de 26 de fevereiro, por isso haverá a eleição de um novo presidente para a FIFA”, admitiu o dirigente suíço numa conferência de imprensa após a reunião do Comité Executivo da FIFA, que fixou a data das novas eleições.

Admitindo que a sua demissão foi forçada, devido a pressões que diz ter sofrido após o escândalo da corrupção e que veio a público a 27 de maio, o suíço disse estar “feliz por ter sobrevivido ao tsunami“.

A conferência de imprensa do presidente demissionário da FIFA ficou ainda marcada por um episódio protagonizado por um humorista, que, antes de Blatter iniciar o seu discurso, invadiu a sala de imprensa e atirou notas de dólares na direção do suíço, antes de ser levado pelos seguranças para fora da sala.

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A FIFA foi atingida no final de maio por um escândalo de corrupção que levou Joseph Blatter a apresentar a demissão.

O escândalo rebentou quando, a 27 de maio, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos indiciou nove dirigentes ou ex-dirigentes e cinco parceiros da FIFA, acusando-os de associação criminosa e corrupção nos últimos 24 anos, num caso em que estarão em causa subornos no valor de 151 milhões de dólares (quase 140 milhões de euros).

A acusação surgiu depois de o Ministério da Justiça e a polícia da Suíça terem detido sete membros da FIFA, num hotel de Zurique.

Dois dias depois, apesar do escândalo, Joseph Blatter, de 79 anos, foi reeleito para um quinto mandato à frente do organismo, mas acabou por se demitir.