O PS considerou hoje que os cabeças de lista da coligação PSD/CDS às próximas eleições legislativas revelam “o esgotamento” da atual solução governativa e que, “uma vez mais”, Maria Luís Albuquerque derrotou Paulo Portas. Graça Fonseca, membro do Secretariado Nacional do PS e vereadora da Câmara de Lisboa, falava em conferência de imprensa, após a coligação PSD/CDS ter anunciado os seus cabeças de lista.
“Hoje confirma-se o que o PS tem vindo a afirmar e que os portugueses já perceberam: Esta coligação [PSD/CDS] está esgotada, já não tem nada de novo para apresentar ao país”, disse a dirigente socialista. Perante os jornalistas, Graça Fonseca afirmou que os cabeças de listas da coligação PSD/CDS representam “mais do mesmo, os mesmos rostos dos últimos quatro anos que aplicaram aos portugueses uma austeridade sem limites, demonstrando uma enorme insensibilidade social”.
“É uma lista recheada de membros do atual Governo e com apenas dois independentes, e que demonstra que ninguém fora do Governo e fora do PSD acredita nesta coligação. Revela também que a instabilidade e a indefinição política, que marcaram os últimos quatro anos, estão no código genético desta coligação”, sustentou Graça Fonseca.
Ainda segundo a dirigente socialista, “as zangas, os amuos e ameaças irrevogáveis de demissão estão longe de estar ultrapassadas”. “Não há um único cabeça de lista do CDS, nem um único. Mais uma vez [a ministra de Estado e das Finanças] Maria Luís [Albuquerque] leva a melhor sobre [o vice-primeiro-ministro e presidente do CDS] Paulo Portas”, apontou Graça Fonseca.
Interrogada sobre a possibilidade de se considerar insólito o facto de o PS reagir às escolhas dos cabeças de lista da coligação PSD/CDS, a dirigente socialista alegou que o seu partido tem observado práticas “de mistificação e de malabarismo político”.
“Estamos a falar de mais do mesmo [ao nível dos cabeças de lista da coligação] – e isto não pode ser encarado como algo irrelevante, que deva passar despercebido ao nível da mensagem política. Na lista da coligação PSD/CDS o país vê sete membros do Governo – e foi este Governo que governou nos últimos quatro anos”, justificou.