Quebrou-se um recorde, este fim de semana. “O Pátio das Cantigas“, versão de Leonel Vieira do original de 1942, tornou-se no filme português mais visto de sempre nos cinemas, com 392 mil espectadores.

Bastaram 24 dias de exibição para o filme ultrapassar “O Crime do Padre Amaro“, realizado por Carlos Coelho da Silva. Estreado em 2005, somou 380 mil espectadores. Em terceiro lugar no ranking do Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), com 324 mil espectadores, surge “7 Pecados Rurais“, comédia que Nicolau Breyner estreou no final de 2013.

A lista do ICA reporta o número total de público nos filmes portugueses em cartaz desde 2004, ano em que foram informatizadas as bilheteiras. Antes disso não existem registos exatos. O filme com maior sucesso até então foi “Tentação“, de Joaquim Leitão – estima-se que tenha conseguido um total de 361 mil espectadores.

A obra pode não ter colhido elogios da crítica, mas afluência não lhe tem faltado. De acordo com a NOS, as receitas de bilheteira ascendem aos dois milhões de euros, o que faz de “O Pátio das Cantigas” a película portuguesa mais lucrativa de sempre.

“O Pátio das Cantigas” de Leonel Vieira surge 73 anos depois do original de Francisco Ribeiro. Nesta versão século XXI, Evaristo (Miguel Guilherme) tem uma mercearia gourmet. A viúva Rosa é agora uma jovem interpretada por Dânia Neto, que trabalha numa loja de um centro comercial e também num hostel. Em vez de se ouvir Narciso gritar a célebre frase “Ó Evaristo, tens cá disto?”, assiste-se a uma variaçao mais moderna: “Ó Evaristo, não tens cá wifi?”.

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