Cada vez mais, as mulheres sofrem com os problemas de oleosidade na pele. Estudos do Journal of American Academy of Dermatology estimam que 54 por cento das adultas com mais de 25 anos tem acne facial e pele oleosa. E se está a respirar de alívio porque o seu problema é apenas a oleosidade, não atire já os foguetes — a oleosidade de hoje pode tornar-se o acne de amanhã. E acredite, isto é muito provável acontecer porque as glândulas sebáceas produzem óleo em excesso (o que é meio caminho andado para o acne).

Mas o que é o óleo e porque o produzimos? Juntamente com o suor, é o que compõe a camada hidrolipídica da pele, uma mistura que todos temos e que constitui uma barreira natural da pele. O problema surge quando existe uma produção excessiva de óleo que vai alterar essa mistura. A pele passa de activa a reactiva e perde a capacidade protetora. Mas há cuidados específicos que pode ter. Não só em situações SOS mas todos os dias.

Primeiro passo: a limpeza

Todos os tipos de pele precisam de limpeza, certo? Já todos sabemos disso. Mas numa pele oleosa, a limpeza é quase um bote salva-vidas porque o excesso de produção de sebo pode tornar a pele susceptível a inflamações. O grande problema que este tipo de pele tem é que, geralmente, é sensível a muitos componentes químicos e por isso requer a utilização de produtos específicos. Enquanto uma pele normal ou mista dificilmente vai inflamar por usar qualquer produto de limpeza, o mesmo não se pode dizer de uma oleosa — um produto muito forte vai fazê-la ressecar e descascar. Lembre-se que o processo de limpeza não pode ser feito mais de duas ou três vezes por dia e lavar a pele de cada vez que a sentir oleosa só vai piorar o problema (ou seja, a produção de óleo vai ser ainda maior). O ideal será usar loções e hidratantes que limitem a produção de óleo ao longo do dia para não ter essa sensação.

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Como é uma pele oleosa?

É muito fácil identificar e quase todas as mulheres que sofrem com esta condição conseguem percebê-la rapidamente: a pele é brilhante, os poros estão dilatados, principalmente na zona central (nariz, bochechas e queixo), tende a formar borbulhas e, por norma, é uma pele que fica inflamada e irritada facilmente. A formação de rugas é mais tardia em pele oleosa, o que pode ser visto (ironicamente) como o lado bom desta condição que, para muitas de nós, vem de herança genética. Mas há mais factores que podem contribuir para o aumento da oleosidade e que podemos evitar: alterações hormonais, excesso de sol, stress ou alimentação pouco saudável são alguns.

Segundo passo: hidratantes, cremes e séruns

Lá porque tem a pele oleosa, não quer dizer que não possa usar sérum, protector solar, creme de olhos, hidratante ou anti-rugas. Claro que pode (e deve). A diferença é que tem de procurar produtos específicos para peles oleosas e que nos rótulos tenham bem explícito oil-free. Esqueça a ideia de que os hidratantes são só para a pele seca — as oleosas também precisam de hidratação porque perdem água que precisa de ser reposta (e um hidratante vai ajudar nessa reposição). Nota: tal como a limpeza excessiva, a falta de hidratação também aumenta ainda mais a produção de óleo. A forma mais fácil de compreender este problema é pensar que sempre que a pele não está “equilibrada”, vai produzir óleo. A solução passa por usar produtos que a consigam manter equilibrada. Quando falamos em cremes, séruns ou hidratantes, falamos em produtos adaptados às características desta pele e que vão, enquanto actuam, reverter o excesso de oleosidade. Por regra, os produtos em gel ou loção são os ideais porque têm fórmulas mais leves, ao contrário dos cremes. Veja, no final do artigo, as nossas sugestões.

Terceiro passo: a maquilhagem

A maquilhagem é uma dor de cabeça para quem tem a pele oleosa porque não é fácil mantê-la intacta durante muito tempo. O truque passa por escolher produtos que consigam manter-se fixos na pele. Lembre-se desta palavra: matificar. Vai ser a sua nova melhor amiga. Mas, antes, siga algumas regras de ouro:

  • Nunca saia de casa sem um primer — vai fechar os poros e ajudar a manter a base seca durante mais tempo. Na falta de um primer, pode usar um BB Cream (sozinho ou mesmo antes da base) porque dá alguma secura à pele.
  • As bases líquidas ou cremosas não são as arqui-inimigas da pele oleosa. Hoje em dia já existem muitas com acabamento mate e que absorvem o excesso de óleo e o impedem de vir à superfície. O ideal será procurar bases com efeito anti-brilho, oil-free, não comedogénicas, hipoalergénicas e acabamento mate.
  • Não use coberturas muito espessas porque podem criar sensação de desconforto e repuxamento. Opte por uma cobertura leve e tape as imperfeições com correctores.
  • Os pós matificantes (compacto ou translúcido) são o produto estrela para quem tem pele oleosa e podem ser usados ao longo do dia sempre que forem necessários — vão eliminar o brilho da pele.
  • Existem também toalhitas absorventes de oleosidade que podem ser usadas para retoques. Passe uma toalhita no rosto (não retiram a maquilhagem) e, no fim, passe uma camada de pó matificante.

Etiqueta da pele oleosa ao longo do dia

A água termal não elimina a oleosidade mas refresca a pele e vai diminuir o seu brilho. Pode ir borrifando ao longo do dia e tem ainda a vantagem de melhorar a fixação da maquilhagem. Por mais aborrecida que esteja, evite apoiar o rosto nas mãos (enquanto está ao computador na secretária, por exemplo). E perca o hábito de passar os dedos no rosto porque, além de trazer muita sujidade à pele, aumenta a concentração de sebo. Os cabelos também podem prejudicar, principalmente quem usa franjas ou usa o cabelo caído no rosto, porque deixam a pele ainda mais gordurosa. À noite, durma também com o cabelo apanhado para evitar contacto entre os fios e a pele.

Veja a nossa seleção de produtos próprios para a pele oleosa:

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