Há mais dois casos suspeitos de botulismo em Portugal, confirmou a Direção-Geral da Saúde (DGS) à Renascença.

Os dois portugueses apresentam sintomas que, embora coincidentes com os anteriores casos de botulismo, ainda não foram testados, explica Cristina Abreu. Se se confirmar que os dois novos casos são, de facto, de botulismo – algo que se espera saber até sexta-feira -, o número de doentes sobe para cinco. Ainda assim, nenhum destes indivíduos apresenta risco de vida.

No último fim de semana, a ASAE e a própria DGS mandaram retirar do mercado todos os produtos da marca “Origem Transmontana”, de onde pode ter origem a bactéria que intoxicou as três pessoas doentes com botulismo. Todas elas devem ter consumido as alheiras desta marca, embora o responsável pela empresa já tenha vindo garantir que estas “não são de produção própria”.

Esta medida está a prejudicar as vendas dos enchidos produzidos em Trás-os-Montes, uma vez que o consumidor tende a consumir a marca “Origem Transmontana” com todas as empresas que produzam alimentos vindos dessa região.

Embora seja uma doença rara e potencialmente fatal, todos os anos – com exceção de 2010 – se registam casos de botulismo em Portugal. Mas só este mês foram encontrados mais casos do que em todo o ano de 2012 e 2013 juntos.

A bactéria causadora desta doença é neuroparalisante, por isso alguns dos primeiros sintomas de intoxicação são a paralisia muscular, dificuldades respiratórias, desarranjos gastrointestinais graves e visão distorcida. De notar que o botulismo não é contagioso, isto é, não se transmite pelo ar.

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