O Novo Banco anunciou hoje que a solução comercial para os clientes emigrantes, detentores de ações preferenciais dos veículos Poupança Plus, Top Renda e EuroAforro 8, deverá estar concluída “no decorrer de abril de 2016”.

Em comunicado, a instituição liderada por Stock da Cunha diz ser “expectável que o processo de liquidação e a implementação da solução comercial – entrega das obrigações e constituição dos depósitos a prazo aplicáveis – seja concluído no prazo de três meses a contar da data de início da votação, isto é, no decorrer de abril de 2016”.

O Novo Banco acrescenta que no dia 12 de janeiro próximo “terá início o período de votação de alteração de estatutos dos veículos, alteração essa que permitirá o exercício da opção de liquidação em espécie das ações preferenciais”.

O período de votação de cada um dos veículos “terminará no dia 02 de fevereiro de 2016, às 17:00 de Portugal continental, ficando a respetiva documentação disponível para consulta nos balcões e ‘site’ do Novo Banco durante o período de votação”.

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A instituição financeira esclarece que os clientes que aderiram à solução comercial apresentada pelo Novo Banco, que teve a adesão de 80% dos clientes detentores de ações preferenciais e 77% do número de ações preferenciais emitidas pelos veículos, “asseguram a maioria necessária de instruções de voto para deliberar a alteração dos estatutos de cada um dos veículos”.

Assim, explica o Novo Banco, ao abrigo dos poderes a si conferidos, “irá votar e exercer a opção de liquidação para os clientes que aderiram à solução comercial, não sendo necessária nenhuma diligência adicional da parte destes”.

Relativamente aos clientes emigrantes que não aderiram à solução comercial apresentada pelo Novo Banco, já não será possível a sua adesão, mas poderão “participar na votação e exercer a opção de liquidação”, mas “deverão entrar em contacto com o Novo Banco até 02 de fevereiro de 2016 para transmitirem as respetivas instruções”.

Na terça-feira, cerca de uma centena de emigrantes manifestaram-se em frente às instalações do Novo Banco, na avenida dos Aliados, no Porto, reclamando a devolução de poupanças depositadas na instituição.

“Estamos convencidos de que este Governo vai ajudar à devolução das nossas poupanças, que temos depositadas a prazo”, declarou à Lusa Luís Marques, emigrante em França há mais de 30 anos, que se disse porta-voz do grupo de manifestantes.

Os manifestantes chegaram a tentar levantar uma barreira de segurança montada pela polícia, que também tinha no local agentes do corpo de intervenção, ao mesmo tempo que o acesso ao interior daquela instituição bancária se manteve interdita.