No dia em que Paddy Cosgrave se reuniu com António Costa, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa avançou que tem “ideias em marcha” para capitalizar aquele que é considerado o maior evento de tecnologia, empreendedorismo e inovação da Europa.

“Depois da Web Summit, queremos criar as condições para que muitas e muitas startups estrangeiras fiquem em Portugal para desenvolverem a sua atividade, que falem com as startups portuguesas, com as universidades”, afirmou Fernando Medina.

Além de startups, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa avançou que os planos também passam por atrair “empresas de grande dimensão na área das tecnologias de informação e comunicação” (TIC) para Lisboa, fazendo do país o seu local de investimento.

“Queremos aproveitar esta grande aventura, capitalizando aquele que é um dos eventos mais importantes do mundo, fazendo-o fundamentalmente ao serviço da economia e do futuro estratégico do Portugal moderno que já temos, mas que precisamos de ampliar – para virarmos verdadeiramente a página e sermos uma economia perfeitamente desenvolvida”, afirmou Fernando Medina.

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Reforçando que o evento vai trazer a Lisboa milhares de pessoas e vários fundos de investimento em capital de risco, lembrou que Portugal tem “recursos humanos altamente qualificados, um sistema de empresas e de startups que está a dar provas, grandes infraestruturas e muita vontade política para que o evento aconteça”.

“Há muitas coisas que podemos fazer para reduzir os custos de contexto. Uma das áreas de trabalho ao longo deste período vai muito no sentido de detetar aquilo que precisamos de fazer e mudar para que mais e mais empresas escolham ficar em Portugal”, afirmou.

Com o objetivo de fazer da Web Summit um “motor para o crescimento económico do país”, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa explicou que a iniciativa vai permitir “recuperar para Portugal uma parte do Portugal moderno que saiu”, acrescentando que só recuperando este Portugal moderno é que o país e a cidade de Lisboa vão conseguir “dar a volta”.

O investimento para o evento é de 1,3 milhões de euros e é financiado pelo Turismo de Lisboa, Turismo de Portugal e pela AICEP – Portugal Global. Em setembro de 2015, o então secretário de Estado Adjunto da Economia, Leonardo Mathias, disse que o retorno esperado rondaria os 175 milhões (tendo em conta que em 2014 o evento gerou 100 milhões de euros em volume de negócios com 22 mil participantes e extrapolarmos o mesmo múltiplo). Questionado sobre se este valor já tinha sido revisto, Medina não avançou com nenhum número.

“Todos os dias estão a surgir novas ideias, novas iniciativas e a aparecer coisas novas sobre como podemos apresentar valor. E é desta dinâmica que vai ficar um extraordinário valor na cidade. Não há um retorno fixo, é um retorno variável, mas que pode ser extraordinário do ponto de vista da cidade e do país”, referiu.

A Web Summit realiza-se entre 8 e 10 de novembro no MEO Arena e na Feira Internacional de Lisboa (FIL). São esperadas 50.000 pessoas.