O banco britânico Barclays quase duplicou os prejuízos em 2015, fechando o exercício com perdas de 394 milhões de libras (mais de 500 milhões de euros). Para tentar conter a hemorragia no banco, o novo presidente-executivo – James Staley – cortou o dividendo anual para menos de metade e anunciou planos de saída de África, uma das unidades historicamente mais importantes para a empresa.

Os planos do Barclays para voltar à viabilidade passam por um enfoque em duas áreas principais – as operações de banca de retalho no Reino Unido e, por outro lado, na banca de investimento e empresarial. O resto passa a ser considerado “não nuclear” – e a participação de 62% no Barclays Africa Group está nesse grupo. A posição acionista vai ser vendida progressivamente nos próximos anos, até levar à saída do Barclays daquela geografia.

“Estas são decisões difíceis“, afirmou James Staley, “mas estas medidas estratégicas vão acelerar o nosso plano de reestruturação e contribuir para criar um Barclays mais simples e mais rentável”. 

James Staley, que entrou em funções em dezembro, tem resistido, contudo, a vender a unidade de banca de investimento. Quem defende essa opção tem “vistas curtas”, acusa o responsável. O banco, que reduziu significativamente as operações em Portugal no ano passado, já tinha anunciado em janeiro a redução da aposta na Ásia.

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