O jornal The Guardian publicou um artigo onde escreve que a escolha das cidades que vão receber os Jogos Olímpicos de 2016 e 2020 — Rio de Janeiro e Tóquio, respetivamente — são pouco transparentes. As autoridades francesas, que já tinham investigado casos de corrupção no atletismo, não põem de parte a possibilidade de estarmos perante mais um caso de corrupção, sendo que desta vez está em causa o Comité Olímpico Internacional (COI).

O senegalês Lamine Diack, ex-líder da Federação Internacional de Atletismo que foi detido por suspeitas de lavagem de dinheiro e corrupção no ano passado, é o principal suspeito, acusado de negociar o seu voto, tendo trocado a cidade de Istambul por Tóquio, em troca de patrocínios para eventos.

“O Comité Internacional Olímpico tem estado em contacto direto com os procuradores franceses desde o início desta investigação, no ano passado”, informou o porta-voz do COI, revelando ainda que o gabinete de ética da organização já pediu para constar da investigação.

Já os organizadores dos JO no Rio de Janeiro, que decorrerão entre 5 e 21 de agosto, rejeitam as acusações: “Rio ganhou os Jogos porque tinha o melhor projeto, do ponto de vista da organização dos Jogos e do legado”, disse ao Guardian o porta-voz. “Rio bateu Madrid com uma margem clara de 66-32 [votos], o que exclui qualquer possibilidade de manipulação da eleição.”

É a segunda vez que o Comité Olímpico está envolvido numa polémica destas depois de em 2002, nos Jogos Olímpicos de inverno, que decorreram em Utah, nos Estados Unidos, a patinagem artística ter sofrido um escândalo de resultados viciados.

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