Não são só os democratas que condenam a campanha de Trump. No meio de ataques e violência a vários eventos da sua campanha, Donald Trump está a ser criticado pelos candidatos republicanos que têm na próxima terça-feira um dia decisivo para a escolha do nomeado republicano para a Casa Branca, em novembro. “Precisamos acordar, isto está a fazer mal à América”, afirmou Marco Rubio, terceiro classificado na corrida dos republicanos.

Esta ideia também está a ser defendida por Ted Cruz, número dois na corrida, que tem menos 90 delegados que Donald Trump – que vai na frente da corrida para ser o nomeado dos republicanos. “Se Donald Trump for o nomeado, vai ser um desastre para os republicanos. Será muito, muito, muito mais fácil que Hillary Clinton seja Presidente dos Estados Unidos”, alertou Cruz em entrevista ao canal ABC.

Marco Rubio foi mais longe. “Queremos viver num país onde toda a gente se odeia? Só porque não concordamos no peso do Governo ou nas taxas dos impostos vamos odiar-nos? É o que parece que está a acontecer”, disse o candidato republicano, declarando que os Estados Unidos estão prestes a perder a sua república e que os apelos de Trump à violência e aos confrontos na sua campanha são “uma coisa do terceiro mundo”. “Não se trata de algo que deve ser politicamente correto, trata-se de regras básicas de civismo”, acrescentou em declarações à CNN.

Do outro lado da barricada, nos democratas, as críticas continuam. Hillary Clinton condenou de forma veemente a atuação de Trump, afirmando que a sua retórica “feia e divisória” encoraja “a violência e a agressão”, algo que a candidata democrata considera “perigoso”, escreve o The New York Times. “Se brincas com fósforos, podes começar um fogo que não consegues controlar. Isso não é liderança, é ser um incendiário político”, afirmou Clinton, que usou o Twitter para difundir a sua mensagem de repúdio face a Trump:

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Também Bernie Sanders, que Trump acusa de estar a incitar à violência nos seus eventos, disse que o candidato republicano é “um mentiroso patológico”. “Como toda a gente sabe, Trump é um homem que não consegue parar de mentir. Chamar-me comunista é uma mentira. Dizer que a minha campanha está a perturbar a dele e os seus eventos, é também um mentira”, afirmou à CNN o senador do Vermont, que está a disputar as eleições do lado dos democratas.