Um estudo conduzido por uma doutoranda da Universidade do Minho revelou que cerca de 10% dos alunos inquiridos afirmou ser vítima de cyberbullying. O estudo, feito em 2013, revela ainda que 11% dos inquiridos informou que pensa já ter sido vítima.

Luzia de Oliveira Pinheiro explicou ao Jornal de Notícias que o cyberbullying corresponde à “divulgação pública de conteúdos textuais, visuais e áudio que depreciem ou desacreditem alguém (ou um grupo), assim como a intimidação, ameaça e perseguição através de mensagens privadas que ocorra de forma sistemática, recorrente e intencional”.

Luzia Pinheiro afirmou que durante a realização do estudo encontrou sete casos de perseguição. Um dos estudantes afirma ter sido “perseguido por razões de inveja devido à situação económica” e que chegou a ser ameaçado e psicologicamente torturado pelos colegas de turma. Outro caso foi o de uma estudante universitária que contou à investigadora ter sido insultada no Facebook por colegas que terão criado uma página especial para o fazer.

Entre outros casos de cyberbullying encontram-se a divulgação de vídeos de teor sexual partilhados por namorados depois do fim de relações, ou então a usurpação de fotografias para colocar em sites de encontros. Outro dos casos mais comuns é o roubo de identidade, através da criação de perfis falsos em redes sociais.

A investigadora afirmou que os agressores são, por norma, pessoas com “distúrbios psicológicos, tempo livre, má formação cívica” e que têm o “prazer de ver os outros sofre”, acrescentando que há ainda quem o faça por “brincadeira ou para experimentar e ver como é”.

Verifica-se esta quinta-feira, dia 21 de abril, o Dia Nacional de Sensibilização para o cyberbullying. É editado o livro “Cyberbullying. Um guia para pais e educadores”, um livro para ajudar os educadores a lidarem com crianças que sofrem com esta prática.

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