Mais de metade das 140 mil empresas registadas em Angola em 2015 estavam na província de Luanda, mas daquele total só 30% tinham iniciado atividade, segundo um relatório anual do Instituto Nacional de Estatística (INE) angolano.

De acordo com o Ficheiro de Unidades Empresariais do INE, com data de julho e ao qual a Lusa teve acesso esta terça-feira, Angola tinha em atividade no final de 2015 um total de 41.507 empresas, das quais 22.930 a operarem em Luanda.

Angola é o maior produtor de petróleo de África, com 1,7 milhões de barris por dia, mas desde o final de 2014 que enfrenta uma profunda crise financeira, económica e cambial, decorrente da quebra para metade nas receitas com a exportação de crude.

Segundo o relatório do INE, a província de Benguela é a segunda mais industrializada do país, com 3.643 empresas em atividade, enquanto no oposto da tabela, com apenas 383 empresas, está o Cuando Cubango, no sul de Angola.

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Em 2015 estavam constituídas em Angola 139.980 empresas, das quais 96.580 ainda a aguardar início de atividade, 1.692 com atividade suspensa, enquanto 273 foram mesmo dissolvidas. No ano anterior o país contava com 39.884 empresas em atividade, de um universo total de empresas constituídas de 116.894.

O estudo do INE refere 51,3% das empresas constituídas em Angola dedicam-se ao comércio por grosso e a retalho e à reparação de veículos automóveis e motociclos, com um total de 21.306 negócios em atividade.

Em termos de alojamento, restauração e similares funcionavam em Angola 4.046 empresas e na construção 2.308.

No que toca à forma jurídica, em cada 100 empresas constituídas em Angola, 55 são sociedade por quotas e 41 em nome individual, além de sociedades anónimas ou empresas públicas.