O novo disco de Cristina Branco, distinguida com o Prémio Amália Internacional, em 2007, intitula-se “Menina” e chega esta sexta-feira às lojas, anunciou a discográfica da cantora.

A criadora de “Não há só tangos em Paris” apresentou alguns temas do novo álbum no passado dia 13 de agosto, no Festival Bons Sons, em Cem Soldos, no concelho de Tomar.

“E às vezes dou por mim”, de André Henriques e Filho da Mãe, foi o ‘single’ de apresentação do álbum que totaliza 12 temas, entre os quais “Ai esta pena de mim”, de Amália Rodrigues e José António Sabrosa, do repertório de Amália, e “Quando jugas que me amas”, de António Lobo Antunes e Mário Laginha.

Mário Laginha assina aliás outra composição, designadamente “Quando eu canto”, da poetisa Maria do Rosário Pedreira.

A intérprete de “Trago um fado” foi ‘desvendando’ o novo álbum nas diferentes atuações em palcos internacionais, designadamente de Grécia, França e Alemanha.

A intérprete de “Bomba relógio” tem prevista uma digressão nacional com o novo álbum, que passará, entre outras, pelas cidades de Vila Real, Matosinhos, Figueira da Foz, Braga, Aveiro e Ponta Delgada.

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Em novembro, Cristina Branco tem espetáculos agendados em França e Espanha, segundo a sua editora.

Do novo álbum, que sai com a etiqueta Universal Music, fazem parte “Alvorada”, de Luís Severo, “A meio do caminho” (Nuno Prata/Peixe), “Deus à” (Cachupa Psicadélica), “Não há ponte sem nós” e “Saber aqui estar” (Pedro da Silva Martins & Luís José Martins), “Luto Mudo” (Kalaf Epalanga/Ricardo Cruz), “O gesta dela” (Ana Bacalhau/Luis Figueiredo) e “Boatos” (Jorge Cruz).

Cristina Branco começou a cantar em finais da década de 1990 e, em 1998, realizou a primeira deslocação à Holanda, a convite do Círculo de Cultura Portuguesa no país.

Desta experiência editou o álbum “Cristina Branco in Holland”, produzido por José Melo, ao qual sucedeu “Murmúrios”, que lhe valeu o Prix du Choc de la Musique, da antiga revista francesa Le Monde de la Music.

Em 1999, atuou pela primeira vez em Lisboa, e editou o álbum “Post-scriptum”, que, em França, nesse ano, foi considerado, pela imprensa musical, um dos melhores CD do mês.

Regressou à Holanda em 2000, onde gravou “Cristina Branco canta Slauerhoff”, um CD com poemas do poeta neerlandês J.J. Slauerhoff (que viveu em Lisboa e morreu em 1951), com música de Custódio Castelo. No ano seguinte assinou pela Universal Classics & Jazz de França, onde se mantém, e editou o CD “Corpo Iluminado”.

Em 2002, participou no documentário “The primadonnas”, juntamente com Jessye Norman, Dee Dee Bridgewater e Noa, entre outras, e a RAI convidou-a para um programa de homenagem ao Compositor Nicola Piovanni. Nesse ano realizou a primeira digressão aos Estados Unidos, atuando em 18 salas em 32 dias.

Depois de Maria João Pires, Amália Rodrigues e Maria Amélia Proença, Cristina Branco foi a quarta portuguesa a subir ao palco do Het Concertgebouw, em Amesterdão.

Em 2003 editou o álbum “Sensus” e recebeu o Prémio Dick Bleyerveld da Câmara de Comércio Portugal-Holanda. Atuou entretanto, em Londres, e foi cabeça de cartaz do Festival de Música e Artes de Melbourne, na Austrália, seguindo para uma digressão ao Japão.

Em 2005 a cantora, nascida há 43 anos em Almeirim, Ribatejo, realizou seis concertos com a Orquestra Filarmónica de Drenthe, foi convidada pelo Senado francês para um concerto, pelo Parlamento Europeu, para uma recital, e ainda para atuar no dia Nacional da Holanda, na Exposição Universal no Japão, editando o CD “Ulisses”, que deu mote à sua primeira digressão nacional.

Em 2006, homenageou Amália Rodrigues no CD/DVD “Live”, seguindo-se “Abril”, um álbum em que revisitou o repertório de José Afonso.

O CD “Kronos” saiu em 2009, no qual contou com as colaborações dos guitarristas José Manuel Neto e Bernardo Couto, o violista Alexandre Silva e o pianista Ricardo Dias. A este álbum sucederam-se, nos últimos anos, “Não há tangos em Paris”, “Alegria” e “Idealist”.