António Guterres defendeu esta quarta-feira, no primeiro encontro com os estados-membros da ONU enquanto secretário-geral designado, uma “visão não tecnocrática” para os desafios da organização.

Referindo-se às perguntas dos estados-membros sobre a Agenda de Desenvolvimento Sustentável Pós-2015 e o Acordo do Clima de Paris, Guterres defendeu uma “visão não tecnocrática” para a implementação dos dois documentos.

Uma visão que mobiliza recursos para os que têm mais dificuldade”, como os países em desenvolvimento e os pequenos estados insulares, disse.

“São duas faces de uma mesma realidade que têm a ver, sobretudo, com a eliminação da pobreza e com assegurar que temos um planeta sustentável”, acrescentou.

António Guterres apresentou-se no encontro com a sua equipa de transição, composta por cinco pessoas, entre as quais o diplomata português João Madureira.

O antigo Alto-comissário para os Refugiados respondeu também às muitas perguntas sobre as nomeações que fará para cargos seniores enunciando os critérios que estabeleceu.

Competência e integridade, paridade de género, como uma forma de empoderamento de mulheres e meninas em todo o mundo, e diversidade regional”, explicou o português.

Guterres respondeu esta quarta-feira a dezenas de perguntas dos estados-membros da ONU e representantes dos grupos regionais, mas começou o encontro a dizer que estava presente para “ouvir e aprender.”

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No encontro, que durará cerca de três horas, todos os Estados-membros da ONU poderão fazer intervenções.

Entre as primeiras intervenções, destacaram-se elogios à escolha de António Guterres e ao processo que levou à sua eleição.

“Houve um nível sem precedentes de transparência”, disse um dos primeiros participantes, o português João Vale de Almeida, embaixador da União Europeia junto da ONU.