A ministra da Administração Interna defendeu esta segunda-feira a necessidade de reorganização interna da Proteção Civil de modo a alcançar uma “gestão mais eficiente dos recursos e a introduzir maior dinamismo em áreas estratégicas do sistema”.

Constança Urbano de Sousa, que falava no ministério, na posse do novo presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), o coronel de infantaria Joaquim de Sousa Pereira Leitão, referiu ainda a necessidade de se promover “uma maior abertura e cooperação com os agentes de proteção civil.

Para a ministra, é ainda fundamental “incorporar capacidade em áreas que a ANPC herdou nos últimos anos, como a gestão dos meios aéreos, planeamento civil e as competências no âmbito do planeamento civil de emergência”.

Numa sessão sem direito a declarações aos jornalistas por parte da ministra, a governante sublinhou as competências do recém-empossado, considerando-o “um homem da proteção civil”.

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Um homem que conhece o sistema, os agentes e os desafios com que a Proteção Civil se confronta atualmente, com novas ameaças, novos riscos, sejam eles naturais ou tecnológicos, acrescentou.

Sublinhou ainda a “riquíssima experiência profissional” do coronel Joaquim Pereira Leitão, que está na área desde 2005 e que teve funções de comando na ANPC, nos Sapadores Bombeiros de Lisboa, de assessoria na secretaria de Estado e uma “carreira militar sólida”.

“O homem certo no lugar certo e no tempo certo”, frisou, considerando que tempos de “mudança” e de “reforma” exigem uma “liderança forte e capaz”.

Confrontado pelos jornalistas com a polémica em torno da sua nomeação para presidente da ANPC por se tratar de um coronel, o novo presidente do organismo disse estar convicto de que o seu nome nunca esteve em causa.

“O meu nome nunca esteve em causa, isso para mim é uma palavra de apreço muito grande da parte de toda a gente tanto das forças armadas mas também de todos os agentes de proteção civil e que manifestaram essa confirmação na reunião nacional de proteção civil!”, disse.

Questionado sobre se o facto de a polémica estar ligada ao facto da sua patente, uma vez que não é general, Joaquim Pereira Leitão mostrou-se convicto da patente “não se sobrepor à competência”.

“Penso que essa questão da patente não se sobrepõe à competência, ao currículo e ao percurso profissional que está subjacente ao dia a dia e ao trabalho das pessoas”, observou, acrescentando estar ligado à Proteção Civil desde 2005.