“O segundo já está.”
Pedro Nuno Santos, secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, proferiu estas palavras com alívio ao mesmo tempo que sorria para os jornalistas logo após o fim do debate.
“A credibilidade da direita esvai-se a cada dia que o diabo teima em não aparecer.”
António Costa, primeiro-ministro, no encerramento do debate, numa alusão ao “vem aí o diabo” de Passos Coelho antes do verão.
“Esclareça de uma vez por todas se vai renegociar os juros da dívida em Bruxelas.”
Pedro Passos Coelho, líder da oposição, no encerramento, a questionar o primeiro-ministro.
“Há mais vida para além do Orçamento.”
António Costa, no encerramento do debate.
“As pessoas ganham alguma folga, respiram, a perseguição à pobreza foi interrompida, mas o campo das possibilidades continua mutilado pelo extremismo europeu.”
Catarina Martins, líder do Bloco de Esquerda no encerramento do debate.
“A um cidadão que não queira ser penalizado pelas vossas opções tem de viver [como um] monge trotskista.”
Telmo Correia, vice-presidente da bancada do CDS.
“Este Orçamento não anda para trás, mas não avança.”
Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP.
“O Bloco sente-se ‘imponente’ em mudar a realidade das coisas. [Nas próximas eleições] BE e PCP não serão ‘bocejados pela sorte.'”
Carlos Abreu Amorim, vice-presidente do PSD, aproveitando gafes do treinador do Sporting, Jorge Jesus, para atacar a esquerda.
“A geração a que o senhor pertence já percebeu que está de cabeça perdida, meteu a cassete e a partir daí continua a ladainha sobre o Governo anterior.”
Berta Cabral, vice-presidente da bancada do PSD, dirigindo-se ao líder da JS, João Torres.
“Foi a nós que os portugueses escolheram.”
Maria Luís Albuquerque, vice-presidente do PSD, a insistir na vitória nas últimas legislativas.
“Pode dizer 100 vezes que não há aumento de impostos, mas que há, há. Há, há”.
Duarte Pacheco, deputado do PSD, a dirigir-se a Mário Centeno, ainda no primeiro dia de debate.
“A referência literária mais apropriada para aplicar ao ministro é O Estranho Caso do Dr. Jekyll e do Sr. Hyde.”
Miguel Morgado, vice-presidente da bancada do PSD, numa alusão à obra de Robert Louis Stevenson, acusando Centeno de ter personalidade dupla, que altera entre o racional e o irracional.
“Falou-se aqui do Dr. Jekyll e Mister Hyde. Tivemos aqui o partido dos contribuintes a fazer o maior aumento de impostos.”
Manuel Caldeira Cabral, ministro da Economia, numa acusação ao CDS, lembrando os tempos em que estava no Governo.
“Como dizem os brasileiros. Cadê, cadê, os arautos do Estado Social?”
Luís Montenegro, líder parlamentar do PSD, ao considerar que a esquerda não está a proteger a ação social.
“O que o deputado Luís Montenegro fez aqui foi stand-up e até tem algum jeito para piadas, graçolas e dichotes.”
João Galamba, porta-voz do PS, na réplica à intervenção do líder parlamentar do PSD.
“O plano Mário Centeno: mais crescimento, mais consumo privado, menos impostos. Onde está esse plano? É o plano Galamba. Se há um plano Marshall também tinha de haver um plano Galamba”
Nuno Magalhães, líder parlamentar do CDS, numa crítica à política orçamental do Governo.
“PCP, Bloco e PEV são os idiotas úteis, que deixaram de ser úteis pela ideologia e passaram a ser úteis pelos votos que traziam.”
João Almeida, deputado do CDS, numa crítica aos partidos à esquerda do PS.
“O CDS [revela] uma versão fofinha do Orçamento.”
Mariana Mortágua, deputada do Bloco de Esquerda, num ataque ao CDS.
“Continuaremos a fazer figura de parvos nesta Europa parva?”
Pedro Filipe Soares, líder parlamentar do Bloco de Esquerda, em mais um ataque às regras financeiras impostas por Bruxelas.
“O Orçamento do Estado é de uma pobreza tal que o senhor não quis dar a cara por ele aqui hoje”.
Assunção Cristas, líder do CDS, registando que António Costa ficou em silêncio no primeiro dia de debate.