O crónico best-seller europeu acaba de receber uma profunda actualização, que abrange as suas versões de três e cinco portas, e ainda a carrinha Variant. Ainda não é o Golf VIII, mas também já não é bem o Golf VII. É como que uma espécie de Golf 7,5. E a boa notícia é que quando chegar a Portugal, na próxima Primavera, os preços não diferirão muito dos praticados pelo actual modelo – e as alterações que houver, mais se ficarão a dever às alterações fiscais para o sector automóvel já anunciadas pelo governo.

Visualmente, a VW não quis mexer muito nas linhas do seu modelo mais popular. A diferença é ditada pelos novos pára-choques dianteiro e traseiro, pelas ópticas dianteiras com luzes diurnas por LED redesenhadas e pelos farolins traseiros integralmente por LED, incluídos de série em todas as versões (mas que só contam com luzes de mudança de direcção “animadas” nas versões de topo). Os faróis dianteiros por Xénon dão lugar a uma solução integralmente por LED.

Continuando a ser disponibilizado com os níveis de acabamento e equipamento já conhecidos, o renovado Golf conta, no interior, com novos materiais e elementos decorativos, aplicados nos painéis interiores das portas, no painel de instrumentos e na consola central, e também com forros para os bancos de novo design. Aqui, as grandes novidades são a disponibilização do painel de instrumentos totalmente digital Active Info Display (configurável pelo condutor, e com funções e modos específicos em determinadas versões, como a GTI e a GTE) e do sistema de infoentretenimento Discover Pro, com ecrã de 9,2” e controlo gestual.

Esta é a primeira vez que uma solução deste género é proposta num VW, e num modelo destinado ao segmento dos familiares compactos. Através do gesto, o condutor pode, por exemplo, navegar entre menus, navegar dentro dos próprios menus, ou seleccionar a estação de rádio ou a faixa a reproduzir pretendias, entre outras. Ao mesmo tempo, os restantes sistemas de infoentretenimento receberam ecrãs de maiores dimensões, passando ainda a estar disponíveis para o Golf mais apps e serviços online.

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No que à segurança diz respeito, registe-se a introdução do Traffic Jam Assist, sistema que recorrer ao cruise-control adaptativo e ao assistente de manutenção na faixa de rodagem para assegurar, nas versões equipadas com caixa pilotada DSG, uma função de condução semi-autónoma, activa até aos 60 km/h e, por isso, particularmente útil em engarrafamentos. Do lote de atributos do Golf, neste particular, passam ainda a fazer parte o Emergency Assist (monitoriza a actividade do condutor, iniciando uma travagem de emergência sempre que detecta que este não reage a uma série de alertas), a travagem de emergência em cidade com monitorização dos peões e o assistente de reboques.

Entre os motores, o principal dado a reter é a estreia do 1.5 TSI Evo, uma unidade com injecção directa, turbocompressor e sistema de desactivação de cilindros ACT (desliga dois cilindros sempre que possível, para reduzir o consumo), capaz de oferecer 150 cv de potência e um binário máximo de 250 Nm logo às 1.500 rpm, para um consumo combinado de 4,9 /100 km. Numa fase posterior de comercialização, conhecerá uma derivação destinada a animar a versão BlueMotion do renovado Golf: funcionando a ciclo Miller, e apta a desligar-se por completo sempre que o acelerador não esteja a ser pressionado (a célebre função de andar “à vela”), contará com 130 cv e 200 Nm às 1.400 rpm, para um consumo combinado de 4,6 l/100 km.

No extremo oposto da gama está o mítico Golf GTI, que agora passa a oferecer 230 cv na sua versão “normal”, e 245 cv na sua mais dotada variante GTI Performance. Com a chegada do renovado Golf, a VW lança ainda no mercado uma caixa pilotada de dupla embraiagem e sete relações DSG7 de nova concepção, que gradualmente irá substituir a conhecida DSG6 de seis velocidades.