Tudo começou em junho do ano passado, quando Hugo Suíssas — um publicitário de 27 anos — decidiu “dar corpo a coisas que não têm vida”. Depois de um projeto viral que mostrava as linhas simétricas de Lisboa, o Instagram voltou a ser o palco da nova ideia de Hugo: agora, com o Projeto Headown (#headownproject), quer mostrar o que lhe vai na cabeça e pensar nas coisas banais com que nos cruzamos na vida de um ponto de vista diferente. “É como se as coisas e as pessoas estivessem dentro da minha cabeça”, explicou Hugo ao Observador.

É uma verdadeira arte com muita ciência. Hugo Suíssas admite que o perfeccionismo que exige de si mesmo já culminou em torcicolos bastante dolorosos. “Eu crio um efeito exorcista. Temos de pôr os ombros para trás e a cabeça para baixo. É preciso alguma elasticidade”, conta ele. A vantagem é que não há limites: os candeeiros de rua, os desenhos nas paredes e até o sol ou uma nuvem podem servir de inspiração para Hugo. Tudo é válido, mas tem de ter critério: “Gosto de brincar com os timings, tenho de estar atento à atualidade”, diz.

Não se importava de largar tudo para se dedicar às séries de fotos que tem lançado no Instagram, um verdadeiro palco de demonstração para as funcionalidades da fotografia. Mas ainda não se sente confortável para prescindir de tudo para viver de uma carreira feita de fotografias nas redes sociais. “Um dia gostava de criar uma empresa que pusesse os clientes a trabalhar com o Instagram”, confessa. É que seria uma boa maneira de mostrar culturas dos sítios por onde passeia, dentro e fora de Portugal, enquanto exercita a mente e mostra “novos ângulos” ao mundo.

Pode procurar mais fotografias de Hugo Suíssas no seu Instagram. Veja também um pouco do seu trabalho na fotogaleria.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR