O ex-presidente peruano Alberto Fujimori foi transferido de uma prisão onde cumpre uma pena de 25 anos de prisão por crimes contra a humanidade para uma clínica de Lima, enquanto milhares de pessoas protestavam contra um eventual perdão.

O ex-congressista Alejandro Aguinaga, médico pessoal do ex-governante (1990-2000), disse à estação RTT Noticias que Fujimori “sentiu-se mal” e sofreu “uma descompensação”, por causas que não foram reveladas.

A informação foi difundida enquanto milhares de pessoas se manifestavam nas ruas do centro histórico de Lima contra a possibilidade de Fujimori ser indultado pelo Presidente Pedro Pablo Kuczynski.

Kuczynski disse na sexta-feira à RPP Noticias que os médicos vão avaliar o estado de saúde de Fujimori, de 78 anos, para determinar se lhe deve ser concedido um “perdão médico”, garantindo, no entanto, que não se trata de um indulto.

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O Presidente acrescentou que antes do final do ano poderá haver uma definição do caso com base em opiniões profissionais, ressalvando que, se não houver condições para a libertação, “será seguida a recomendação médica”.

Alberto Fujimori (1990-2000) é o único recluso de uma prisão construída expressamente para o albergar, na base da Direção de Operações especiais da Polícia Nacional do Perú (PNP), e conta com assistência médica permanente.

O ex-governante (1990-2000) cumpre uma pena de 25 anos de prisão por crimes contra a humanidade, tendo também sido condenado a várias penas menores por crimes de corrupção.

Em junho de 2013, o presidente peruano, Ollanta Humala, negou a Fujimori o pedido de indulto depois de uma junta médica ter concluído que o antigo chefe de Estado não sofre de doença terminal, séria degenerativa e incurável nem de uma grave desordem mental.