A Federação de Sindicatos para a Administração Pública (Fesap), subordinada à UGT, deixou uma ameaça clara: caso na agenda do Governo não esteja uma reunião urgente para debater o descongelamento das carreiras e o Orçamento do Estado, a federação pondera organizar uma greve na função pública. Segundo noticia esta quinta-feira o jornal Público, a Fesap enviou uma carta ao ministro das Finanças a pedir o encontro, numa altura em que falta sensivelmente um mês para a entrega do Orçamento do Estado.

Em causa está, sobretudo, a aprovação do regime extraordinário das reformas antecipadas, sem que os sindicatos da função pública tenham sido consultados, mas também a forma como o Governo quererá descongelar as progressões nas carreiras — desde 2009 que não se resgitam aumentos salariais e progressões nas carreiras na função pública.

Citado pelo Público, o coordenador da Fesap, José Abraão, critica o Governo de desvalorizar o papel dos sindicatos, de não respeitar os “compromissos assumidos” e de estar mais interessado em “negociar com os partidos”. José Abraão recorda que, apesar de um calendário negocial ter sido acordado com a anterior secretária de Estado, “não é claro” que o Governo queira ir em frente com ele.

“Estamos muito disponíveis para a luta se não houver negociações até porque temos uma greve que foi aprovada no congresso da UGT”, garante José Abraão. Desde julho que a pasta da Administração Pública ficou a cargo de Fátima Fonseca que, segundo José Abraão, ficou de enviar um novo calendário de negociações na primeira metade de agosto, sem que quaisquer reuniões tenham sido, entretanto, marcadas.

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