Segundo avança a agência noticiosa Bloomberg, as autoridades chinesas acabam de anunciar que, já a partir do próximo dia 1 de Janeiro, um total de 553 modelos não vão poder ser produzidos na China – o maior mercado automóvel mundial.

A decisão, fundamentada naquilo que as autoridades chinesas designam de “um consumo de combustível excessivamente elevado”, afecta não apenas construtores automóveis chineses, mas também europeus, como a Audi e a Mercedes-Benz. E até mesmo americanos, como a Chevrolet.

Embora sem divulgar as designações comerciais dos modelos em causa, o Centro de Serviços de Tecnologia Automóvel da China deu a conhecer os códigos internos dos veículos em questão. Sendo que destes fazem parte numerações como FV7145LCDBG (Audi), BJ7302ETAL2 (Mercedes) e SGM7161DAA2 (Chevrolet). Todos eles sedans que, já a partir do início do próximo ano, deixam de poder ser produzidos na China.

Pode ser apenas o começo do fim

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Apesar do previsível impacto da medida, o secretário-geral da Associação de Automóveis de Passageiros da China, Cui Dongshu, veio já recordar que o lote de automóveis banidos é apenas uma pequena parte dos veículos de passageiros produzidos no país. Com a “resposta” a vir de um analista da China Merchants Securities Co., Wang Liusheng, o qual salienta que esta é a primeira vez que o Governo chinês toma uma medida do género. Prevendo que, nos tempos mais próximos, possam vir a surgir muitas mais, deste mesmo tipo.

Recorde-se que a China ainda se encontra a finalizar o calendário que determinará o fim da comercialização de veículos com motores de combustão, no país. Algo que é também já visto como a transição para aquilo que o Governo designa de “veículos movidos a novas energias” – híbridos, híbridos plug-in, eléctricos a bateria e fuel cell. Sendo que o plano passa por fazer com que este tipo de veículos represente cerca de 40% das vendas, até 2030.

O mesmo objectivo é assumido na Europa, onde países como a França ou o Reino Unido anunciaram já a intenção de acabar com as vendas de automóveis a gasolina e diesel, até 2040.

Entretanto, na China, a venda de veículos eléctricos subiu 50% só no último ano, para as 336 mil unidades. Número que os vários agentes esperam que venha a subir ainda mais, já este ano.

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