Perante o pré-aviso de greve para os dias entre 9 e 11 de fevereiro por parte dos tripulantes da TAP, o presidente executivo da TAP, Fernando Pinto, enviou uma carta àqueles trabalhadores onde fazia um mea culpa, lamentando aquilo a que chama de “equívoco”.

Segundo o Público, Fernando Pinto reconheceu que “houve incumprimento quanto ao acordo de operação do A330-300”, aeronaves de médio e longo curso onde, apontou Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), o tempo de descanso não ser respeitado.

A carta foi enviada este domingo, na véspera de uma assembleia geral do SNPVAC, que pode resultar no cancelamento do pré-aviso de greve.

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Em carta, Fernando Pinto terá escrito que a empresa pretende agora “dar início ao cumprimento dos procedimentos que não estavam a ser seguidos” — o que representa um volte-face para o diretor executivo da TAP, que a 19 de janeiro disse que a greve era “ilegal” e que os fundamentos apresentados para esta são “falsos”.

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Fernando Pinto aproveitou, também, a ocasião para dizer que pretende “encetar conversações quanto a outros pontos pendentes”. Entre estes, incluem-se os direitos de parentalidade e o não reconhecimento de acidentes de trabalho pela empresa, ambas situações apontadas pelo sindicato.

“Em nome da TAP, e em meu nome pessoal, só posso lamentar o referido equívoco”, lê-se na carta de Fernando Pinto. “Por outro lado, saudamos este início de diálogo que consideramos ser muitíssimo positivo e de grande mais-valia para os tripulantes, para a TAP e para quem todos nós servimos: os nossos passageiros”.