Cinco juízes do Supremo Tribunal de Justiça brasileiro recusaram o habeas corpus pedido pela defesa de Lula da Silva e votaram a favor da detenção do antigo presidente do país. Este pedido da defesa visava afastar a possibilidade de prisão do ex-presidente antes de serem esgotados todos os recursos possíveis.

No passado mês de janeiro, Lula da Silva foi condenado em segunda instância pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª região (TRF4) a 12 anos e um mês de prisão, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Um tribunal de segunda instância de Porto Alegre confirmou o veredicto da primeira instância, considerando Lula culpado por ter aceitado um apartamento triplex à beira-mar, oferecido por uma empresa de construção civil.

A decisão do Supremo Tribunal abre o caminho para uma prisão de Lula da Silva assim que o TRF4 terminar de analisar os pedidos de revisão solicitados por seus advogados.

Porém, o ex-presidente já entrou com um recurso no Supremo Tribunal Federal, único órgão judicial que ainda pode reverter as decisões tomadas em tribunais inferiores e mantê-lo em liberdade.

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Além de arriscar ser preso, esta condenação em segunda instância pode impedir Lula de se candidatar novamente às eleições presidenciais. Ainda assim, o ex-presidente foi lançado como pré-candidato pelo Partido dos Trabalhadores às eleições de outubro e, de acordo com a Folha de S. Paulo, lidera as sondagens.

Condenação de Lula. O que aconteceu e o que vai acontecer