No final do encontro, e como seria de esperar, Sérgio Conceição recusou qualquer cenário de festa antecipada, explicando também as comemorações no final do triunfo frente ao Marítimo como algo normal, e que já tinha acontecido na Luz, numa equipa que trabalha durante um encontro inteiro e vê recompensado esse esforço com um golo nos últimos minutos. No entanto, e olhando para o filme dentro e fora de campo no final, os três pontos conseguidos na Madeira mais pareciam simbolizar a conquista anunciada do Campeonato.

Como Conceição apagou em 50 jogos quatro anos de Pinto da Costa (a crónica do Marítimo-FC Porto)

“A festa foi a normal de uma equipa que trabalhou bastante para ganhar. Temos consciência de que não acabou. Ainda nos faltam pontos, neste caso um, para sermos campeões. Temos isso na nossa mente. Aqui não há nenhum tipo de festa antecipada, nada disso. Temos muito respeito pelos nossos adversários, nomeadamente pelo Benfica, pelo Sporting e pelo Sp. Braga. Temos muito respeito e não se deve festejar antes. A minha saída foi de forma normal, apenas contente por uma vitória sofrida. Não saí com sorrisos, mas é do meu carácter, não é nada contra ninguém”, comentou o técnico na zona de flash interview da SportTV após o encontro, que até começou com um reparo depois de mais uma semana onde recebeu uma multa por ter chegado atrasado a esse ponto.

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“As três vezes que cheguei atrasado fui multado em cinco mil euros e por um ou dois minutos… Não há um timing para que saibamos qual é o tempo que temos para ir ao balneário falar com os jogadores, acalmá-los, e vir para aqui. Já foram três vezes que o Conselho de Disciplina me multou. Se for multado nem vale a pena ir à conferência”, queixou-se, antes de perguntar ao delegado da Liga na zona se desta vez não seria multado.

“Tivemos alguns problemas no início, problemas financeiros que não deram possibilidades para grandes contratações, mas sempre tive muita confiança nas opções que tínhamos entre os emprestados. Isto ainda não acabou, não é um discurso de fim de época, mas formámos um grupo forte com jogadores que pertenciam a toda a gente. Acho que o mérito é de toda a gente na estrutura do FC Porto”, salientou mais tarde na conferência.

Entretanto, a comitiva azul e branca já partiu para o Porto, tendo do final do jogo ao avião Marega como principal figura: dos festejos no relvado às selfies no balneário (como a que tirou com Óliver Torres), passando por um vídeo que o próprio gravou e colocou nas redes sociais onde se ouvem os companheiros no autocarro a cantarem a música que os Super Dragões normalmente lhe dedicam, o maliano foi o grande destaque entre os dragões.

No meio da festa, José Sá não deixou de enviar uma “farpa” a André Carillo, ala peruano que passou por Sporting e Benfica antes de ser emprestado ao Watford: em resposta a uma publicação do extremo após a derrota do FC Porto no Restelo com o Belenenses, o guarda-redes publicou uma foto do sul-americano com a mesma mensagem que tinha sido antes deixada e que dizia apenas “Boa noite” com vários emojis.

“Não há festas porque ainda não ganhámos nada. Claro que fico satisfeito quando ganhamos. Gosto de ganhar em todo o lado, mas na Luz de uma maneira muito especial. Já é mais normal ganhar na Luz do que aqui”, comentou Pinto da Costa, presidente dos azuis e brancos, antes de entrar no autocarro para o aeroporto, sendo que na Invicta já se começaram a juntar centenas de adeptos para receberem a equipa na chegada.