O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, disse na quarta-feira, numa entrevista à ReCode, que não apagaria um post em que fosse negada a existência do Holocausto, uma vez que essas pessoas não “erram intencionalmente“. Foi, de imediato, alvo de várias críticas. De tal forma que, já depois da entrevista ser publicada, Zuckerberg teve de enviar um email à entrevistadora, Kara Swisher, a dizer que tinha sido mal interpretado e a clarificar a sua posição: “Eu pessoalmente acho a negação do Holocausto profundamente ofensiva, e eu não pretendia, de forma alguma, defender a intenção das pessoas que negam isso.”

Mark Zuckerberg estava a ser questionado sobre o facto de permitir a presença de sites de teoria da conspiração no Facebook, como o Infowars, quando explicou qual a política para posts relacionados com a negação do Holocausto. “No fim do dia, não defendo que a nossa plataforma deva eliminar [posts que neguem o Holocausto] porque há assuntos em que diferentes pessoas erram” começou por dizer o fundador do Facebook. Que logo acrescentou: “Eu não acredito que essas pessoas estão a errar intencionalmente”.

O argumento de Zuckerberg é que é difícil ao Facebook perceber se a pessoa está a negar o Holocausto porque desconhece a história ou se está a errar porque é antissemita. “É difícil contestar uma intenção ou entender a intenção. Eu apenas acho, por mais abominável que alguns desses exemplos possam ser,  que a realidade é também o que as coisas erradas que as pessoas dizem quando falam em público.”

Depois da entrevista de Mark Zuckerberg, o CEO da Liga Antidifamação, Jonathn Greenblat, enviou um comunicado para a CNN Money  a defender que “a negação do Holocausto é uma tática de engano intencional e deliberada de anti-semitas que é incontrovertivelmente odiosa, ofensiva e ameaçadora para os judeus”. Jonathn Greenblat disse ainda que “o Facebook tem uma obrigação moral e ética de não permitir a sua disseminação.”

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