As escolas e agrupamentos têm 1.230 vagas que nenhum professor quis ocupar, sendo metade destes lugares em estabelecimentos situados em Lisboa e Setúbal, segundo dados do Ministério da Educação (ME). A região com mais vagas indesejadas diz respeito ao Quadro de Zona Pedagógica (QZP) 7, que abrange as escolas de Lisboa e da Península de Setúbal, onde ficaram 625 lugares por preencher, segundo informações do ME solicitados pela Lusa.

O Ministério foi obrigado pela Assembleia da República a realizar novamente o concurso interno (destinado a professores de carreira que querem mudar de escola), ao qual se candidataram 30.580 professores, mas houve 1.230 lugares que ficaram vazios. Nas escolas das zonas da Lezíria e do Oeste (QZP6) ficaram 105 vagas por preencher assim como o sul do país — Alentejo e Algarve — também ficou com cerca de 260 vagas sem candidatos.

Na zona de Castelo Branco e Guarda (QZP5) sobraram 19 vagas, nas escolas de Coimbra e Leiria (QZP4) ainda há 33 vagas, na região que engloba Aveiro, Entre Douro e Vouga e Viseu (QZP3) tinham 24 vagas e, finalmente, as escolas da zona de Bragança, Douro Sul e Vila Real (QZP2) ficaram com 35 vagas por preencher.

O QZP1 — que inclui as escolas de Braga, Porto, Tâmega e Viana do Castelo — ficaram com 122 vagas sem candidatos. Segundo o Ministério da Educação, “as necessidades de horários que se façam sentir pelas escolas por não ocupação destas vagas são supridas normalmente por docentes em mobilidade por doença ou por docentes colocados em mobilidade interna ou ainda em sede de concurso de contratação inicial (professores contratados)”.

O ME anunciou ainda que, além deste concurso, foram integrados nos quadros do ME mais 3.500 docentes: 2.084 docentes através do concurso extraordinário e outros 1.236 professores através da norma-travão.

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