O economista moçambicano Mateus Magala foi nomeado vice-presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), o primeiro nacional de um país africano de língua portuguesa a chegar a este cargo, informou esta quinta-feira a instituição.

Mateus Magala, 41 anos, inicia funções como vice-presidente dos Serviços Institucionais e Recursos Humanos do BAD a 1 de setembro.

Irei empenhar-me no sentido de ajudar a fomentar uma melhor cultura de elavada produtividade, de desempenho e de responsabilidade pelos resultados, atraindo, recompensando e mantendo os melhores talentos da equipa de colaboradores”, referiu Magala, citado num comunicado divulgado pelo gabinete de imprensa do BAD.

Magala lembrou que o BAD “já é a quarta empresa mais atrativa entre os empregadores em África” e frisou que pretende “ajudar a acelerar os sistemas e processo institucionais, com vista a tornar o Banco mais ágil, para dar resposta mais célere às necessidades dos parceiros e acelerar a execução das operações do BAD”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O presidente do BAD, Akinwumi Adesina, referiu-se que a nomeação de Mateus Magala se insere no objetivo de “uma maior diversidade, inclusão e a ampla representação no seio do grupo do Banco”.

De 2008 a 2015, Mateus Magala exerceu diversas funções no BAD, incluindo os cargos de economista e estratega-chefe em matéria de planeamento.

Atualmente, o moçambicano exerce as funções de presidente da Eletricidade de Moçambique (EDM), tendo iniciado reformas com vista à implementação de sistemas baseados no desempenho e redução de burocracia.

A nomeação do economista surge numa altura em que se investigam as dívidas ocultas de Moçambique, relacionadas com avales assegurados pelo anterior Governo, entre 2013 e 2014, a empréstimos de mais de dois mil milhões de euros a favor de uma empresa ligada à pesca e duas outras de segurança marítima.

O BAD é uma instituição bancária multinacional de desenvolvimento criada em 1964, tendo atualmente 53 países membros. Com sede em Abidjan, na Costa do Marfim, o BAD é financiado por 24 países europeus, americanos e asiáticos.