O Governo já reagiu às notícias que dão conta da saída do conselho de administração da CP – Comboios de Portugal. Em comunicado enviado às redações, o Ministério do Planeamento e das Infraestruturas afirmou que a administração da empresa “se encontra a desempenhar regularmente as suas funções”.

Esta terça-feira, o jornal Público avança que Carlos Nogueira, Abrantes Machado e Ana Malhó estão de saída da administração da CP e que o Governo já está à procura de uma equipa de substituição. A empresa de transporte ferroviário está a atravessar uma crise de falta de comboios e recursos humanos.

A CP foi mesmo obrigada a reduzir a frequência de comboios nas linhas de Cascais, Sintra, Algarve e Oeste devido à falta de composições. O objetivo é evitar as supressões e ajustar os horários de forma a cumprir todos os comboios agendados, mas o tabuleiro de xadrez tem várias falhas: o desaparecimento de composições não teve em conta muitos comboios de ligação, o que faz com que quando um passageiro chega a uma determinada estação para mudar de transporte para chegar ao destino, a ligação já tenha partido e a próxima só passe daí a várias horas.

Já na linha do Oeste, o serviço direto que ligava as Caldas da Rainha a Coimbra foi suprimido e para viajar até à Figueira da Foz será necessário apanhar três comboios diferentes. O Governo já garantiu que os horários vão voltar ao normal depois do verão e também anunciou o recrutamento de 102 trabalhadores para a Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF) – contudo, o impacto desta injeção de recursos humanos não se fará sentir nos comboios parados à espera de recuperação até ao final do ano.

Noutra medida que não deverá ser efetivada até ao início do próximo ano, CP e Governo decidiram alugar mais comboios a Espanha até à aquisição de novas composições.

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