Villa Las Estrellas é uma aldeia e centro de investigação chileno localizado na Ilha do Rei George, na Antártida. Ao contrário do que acontece na maioria das comunidades localizadas nos polos, os habitantes de Villa Las Estrellas podem permanecer na aldeia durante anos, em vez de semanas ou meses. Mas com uma condição: têm de retirar o apêndice.

A exigência pode parecer estranha, mas tem uma explicação simples: apesar de Villa Las Estrellas se assemelhar a uma aldeia normal (tem um posto dos correios, uma pequena escola, uma igreja e até um banco), o hospital mais próximo fica a mais de mil quilómetros de distância, do outro lado do Oceano Glacial Antártico. Existem alguns médicos na ilha (trabalham na Base Presidente Eduardo Frei Montalva), mas nenhum deles é cirurgião. É por essa razão que, antes de se estabelecem na aldeia, os habitantes têm de se submeter a uma apendicectomia e remover o apêndice, explica a BBC.

Em Villa Las Estrellas vivem cerca de 100 pessoas, sobretudo cientistas e militares, da força aérea ou da marinha chilena. Os que têm de permanecer durante períodos mais longos, têm a possibilidade de levar a família consigo. A temperatura média anual é de -2,3º C, que, de acordo com a BBC, é superior a da Antártida propriamente dita. No inverno, porém, pode descer até aos -47º C, como explicou à BBC o presidente da base aérea Presidente Eduardo Frei Montalva, Sergio Cubillos.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR