Fumar perto de uma bomba de combustível, além de ser proibido, revela uma enorme falta de bom senso — e quando falta o bom senso, a tecnologia pode dar uma ajuda. A petrolífera Royal Dutch Shell e a Microsoft juntam-se para desenvolver uma tecnologia de inteligência artificial que, a partir da análise das imagens de segurança, deteta quando alguém faz os movimentos característicos de quem tira um maço de tabaco do bolso, para fumar um cigarro. Aí, a tecnologia em desenvolvimento faz disparar um alarme.

Na segunda-feira, a Microsoft anunciou no seu blog que tinha agendado um projeto que consiste em  implementar esta tecnologia em duas bombas da Shell, uma na Tailândia e outra no Singapura, de forma a testá-la e perceber o que se pode melhorar para a tornar mais eficaz.

A chave para o sucesso deste projeto está relacionada com a tecnologia chamada Azure IoT Edge, que lê dados e os processa as imagens recolhidas, em tempo real, feita a recolha. Um mero frame pode fazer soar o alerta, capaz de impedir os condutores de fumar.

Daniel Jeavons, o diretor-geral da Royal Dutch Shell, afirmou ao Futurism que “cada um dos nossos postos de abastecimento tem, no mínimo, 6 câmaras, e cada uma capta perto de 200 megabytes de informação por segundo”. Essas são imagens que a Azure IoT Edge pode usar para detetar estes casos e impedi-los de causar uma explosão.

A vantagem da ferramenta de Inteligência Artificial é que permite fazer uma análise imediata das imagens recolhidas, sem ter de as enviar para um servidor central (isto é, um upload para a cloud). “Se tentássemos fazer upload desta informação para a cloud, provavelmente tornar-se-ia impossível analisar tamanha quantidade de informação com tanta rapidez”, explica Daniel Jeavons.

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