Augustine é uma menina lusodescendente, com apenas 4 anos de idade, cuja vida está a ser marcada por uma batalha contra um tumor cerebral raro que lhe foi diagnosticado. A sua história, que se tornou do conhecimento público, está a emocionar França, uma vez que a menina se encontra incapaz de falar, andar e ver. O tumor em causa — que leva o nome de glioma pontino difuso –, encontra-se a nível do tronco cerebral e é considerado inoperável. Este tumor, ainda intratável, traz graves implicações para quem o tem, pois leva à perda de faculdades físicas como, por exemplo, andar, comer, falar ou comer.

No caso de Augustine, a família apercebeu-se que algo de errado se passava quando a menina começou a ter várias quedas no final de julho deste ano. Foi dois dias antes de fazer anos, no final de julho, que ao realizar exames médicos acabou por ser internada com um prognóstico reservado.

Uma vez alertados para a situação da menina, a família materna e amigos, provenientes de S. Torcato e São Lourenço de Selho em Guimarães, criaram uma iniciativa que dá pelo nome de Associação Wonder Augustine, cujo objetivo é angariar fundos e sensibilizar para a existência de doenças raras para as quais não há ainda tratamento. O nome desta campanha surgiu como forma de homenagear a menina lusodescendente que é fã da super-heroína da banda desenhada americana Wonder Woman, a Mulher Maravilha em português.

Posted by Association Wonder Augustine on Wednesday, August 29, 2018

Filipe Teixeira, primo de Augustine que reside em Guimarães, explicou em entrevista ao Jornal de Notícias que “em Portugal, estamos a leiloar camisolas oferecidas por clubes de futebol, mas o mais importante é dar a conhecer o drama de casos como este e a necessidade urgente de aumentar a investigação médica e farmacêutica para o tratamento de doenças raras”.

Os pais de Augustine, por sua vez, costumam publicar relatos sobre a luta da sua filha através da página de Facebook da associação, transmitindo informação sobre os tratamentos que a menina faz e as más notícias que os médicos vão dando. “Já falam em cuidados paliativos, o que quer dizer que nada mais pode ser feito”, escreveu Pauline Desplanque no Facebook.

Importa referir que glioma pontino difuso é um tumor que afeta cerca de 600 crianças anualmente em todo o mundo. A sua rapidez de desenvolvimento e raridade são fatores que atrasam o processo de conhecimento da doença e, por sua vez, a descoberta de uma forma de tratamento eficaz. Geralmente os relatos clínicos sobre os doentes com este tumor determinam um período de esperança média de vida de 9 a 12 meses, no caso de Augustine os médicos consideram que “está tudo a ser muito rápido”.

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