O PCP exige o “cabal esclarecimento” e consequente apuramento de responsabilidades sobre as “notícias que envolvem dirigentes do PAN em atividades criminosas realizadas a pretexto da defesa dos animais”. Numa nota enviada à imprensa, o PCP diz que a situação denunciada esta quinta-feira numa investigação da TVI assume “particular gravidade” por se tratar de um projeto político que está a recorrer à “intolerância”, “incriminação” e “delação” sob o pretexto da preocupação com a natureza e os animais.

Em causa está o facto de a Polícia Judiciária estar a investigar Cristina Rodrigues, membro da comissão política do PAN e chefe de gabinete daquele partido na Assembleia da República, por supostas ligações ao grupo extremista de defesa dos animais Intervenção e Resgate Animal (IRA), suspeito de crimes como terrorismo, assalto à mão armada e sequestro.

“Sem precipitar juízos sobre esta situação concreta, o que deve ser assinalado é uma prática subjacente ao projeto político do PAN que, sob o manto de preocupações sobre a natureza e os animais, e assente num discurso de intolerância, promove uma orientação de incriminação, de estímulo à delação e de criminalização de hábitos sócio-culturais, em si mesmo caldo de cultura para justificação de práticas criminosas”, lê-se no comunicado dos comunistas.

PJ investiga chefe de gabinete do PAN por ligações a grupo extremista de defesa dos animais

De acordo com a TVI, Cristina Rodrigues, que foi também candidata do PAN à Câmara Municipal de Sintra, tratou do processo que permitiu ao IRA ser recebido por aquele partido na Assembleia da República. Na reportagem transmitida esta quinta-feira à noite, o único deputado do PAN, André Silva, sublinha que o seu partido não tem “qualquer tipo de relação” com o IRA e nega ter “conhecimento” do modus operandi do grupo investigado pela PJ.

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