Pelo menos 50 pessoas morreram e outras 72 ficaram feridas num ataque suicida em Cabul, capital do Afeganistão, esta terça-feira.

O balanço inicial dava conta de 43 mortos e 83 feridos. O porta-voz do Ministério da Saúde Pública, Wahidullah Majroh, esclareceu que o número de mortos aumentou porque alguns dos feridos mais graves não conseguiram resistir aos ferimentos.

O ataque ocorreu por volta das 18h15 (14h45 em Lisboa) no Uranus Hall, um espaço utilizado frequentemente para acolher casamentos. De acordo com o ministério do Interior afegão, desta vez realizava-se no local um encontro de clérigos, a propósito do aniversário do profeta Maomé. Nenhum grupo reivindicou ainda o ataque.

“Centenas de estudiosos islâmicos e os seus seguidores estavam reunidos para citar versos do Corão e para assinalar o festival Eid MIlad-un-Nabi”, confirmou o porta-voz da polícia, Basir Mujahid, citado pela BBC.

Ao que tudo indica, a explosão terá ocorrido depois de um bombista suicida se ter feito explodir no local, como apontou um dos gerentes do espaço, segundo a BBC. Essa informação acabou por ser confirmada como “provável” pelo porta-voz do ministério do Interior.

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O atentado não foi ainda reivindicado por nenhum grupo, mas tanto o Estado Islâmico (EI) como os Talibã têm levado a cabo vários ataques no Afeganistão nos últimos anos. Este ataque, contudo, foi um dos mais letais dos últimos meses. Em agosto, um ataque a um centro educativo matou 34 pessoas, enquanto que outras duas explosões em setembro (reivindicada pelo EI) mataram 20 pessoas, incluindo membros dos serviços de emergência e jornalistas.

Em julho, como relembra a CNN, as Nações Unidas divulgaram um relatório dando conta de que o número de civis mortos no Afeganistão no primeiro semestre de 2018 tinha atingido valores recorde, de 1700 pessoas. É o número mais elevado dos últimos 10 anos.

(Artigo atualizado às 7h30h de quarta-feira com o número de vítimas mortais e de feridos)