A escassez de insulina poderá afetar cerca de 40 milhões de pessoas por todo o mundo em 2030. O alerta, feito por cientistas, é noticiado pelo Guardian que escreve que caso o acesso a esta droga não seja significativamente melhorado, quem sofre de diabetes tipo 2 poderá ter sérios problemas no futuro. Os dados mais recentes da OMS — Organização Mundial de Saúde apontam para que a diabetes, que pode ser de tipo 1 ou 2, afete mais de 400 milhões de pessoas em todo o mundo, ou seja, 8,5% da população com mais de 18 anos de idade.

No entanto, nem todos os diabéticos precisam de insulina. O estudo da revista especializada Lancet Diabetes and Endocrinology, onde surge o alerta, prevê que em 2030 serão 79 milhões de doentes  a precisar de administrar este fármaco. E metade deles não conseguiram fazê-lo devido à sua escassez. Atualmente, os números apontam para que cerca de 33 milhões de pessoas não tenham acesso ao medicamento, valor a que se somarão, em 12 anos, mais 7 milhões.

“Estas estimativas sugerem que os níveis atuais de acesso à insulina são altamente inadequados em comparação com a necessidade projetada, particularmente na África e na Ásia, e que mais esforços devem ser dedicados à superação desse desafio de saúde”, disse Sanjay Basu, da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, e líder da pesquisa.

“Apesar do compromisso da ONU de tratar doenças não transmissíveis e garantir o acesso universal a medicamentos para a diabetes, em grande parte do mundo a insulina é escassa e o acesso ao medicamento é desnecessariamente difícil. Espera-se que o número de adultos com diabetes tipo 2 aumente nos próximos 12 anos devido ao envelhecimento, urbanização e mudanças associadas à dieta e à atividade física. A menos que os governos iniciem iniciativas para tornar a insulina disponível e acessível, o seu uso estará sempre longe do ideal. ”

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