Macau registou mais de 35,8 milhões de turistas em 2018, um aumento de 9,8% em relação a 2017, contabilizando uma subida na ocupação hoteleira e na despesa dos visitantes, anunciaram esta quarta-feira as autoridades.

A ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, a maior travessia marítima do mundo que abriu a 24 de outubro, foi responsável pela chegada de mais de um milhão de turistas e tornou-se já no “segundo maior posto fronteiriço de entrada de visitantes”, segundo a Direção dos Serviços de Turismo (DST).

A esmagadora maioria dos visitantes de Macau são do interior da China (25 milhões), um aumento na ordem dos 13,8%. Contudo, os números apontam para uma descida de 1,1% dos turistas internacionais (3,1 milhões).

Os dados foram avançados esta quarta-feira numa cerimónia em que a DST aproveitou também para enumerar “pontos-chave de trabalho a impulsionar em 2019″: o aprofundamento de Macau enquanto Cidade Criativa de Gastronomia da UNESCO e a participação no projeto de Pequim de criação de uma metrópole mundial que junte o território a Hong Kong e a nove cidades da província chinesa de Guagdong, com mais 60 milhões de habitantes.

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As outras duas prioridades das autoridades de Macau passam pelo desenvolvimento do turismo inteligente, bem como pela conclusão do Museu Temático do Grande Prémio e da realização de eventos comemorativos, no qual se incluiu o 20.º aniversário da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), e ‘atividades de grande escala em Portugal, em articulação com o Ano da China em Portugal”.

A diretora da DST, Helena de Senna Fernandes, sublinhou que neste período ia ser feita “promoção turística de Macau em Portugal”, sem fornecer mais detalhes.

Na conferência da DST indicou-se que, de acordo com os “dados preliminares, o número de visitantes que pernoitaram no território em 2018 foi de mais de 18,4 milhões“, que corresponde um aumento de 7,2% e representa mais de metade dos turistas.

Os mesmos números preliminares indicam que, em 2018, os 120 estabelecimentos hoteleiros, que oferecem 40.109 quartos, acolheram 14 milhões de pessoas.

Entre janeiro e setembro de 2018, as autoridades informaram que o total das despesas dos visitantes cifrou-se em 29,8 mil milhões de dólares (26,2 mil milhões de euros), um crescimento de 11,9% em relação a período homólogo do ano anterior.

Em 2019, foram traçados objetivos que, no caso da gastronomia, passam por “reforçar a herança da comida típica macaense” através, por exemplo, da criação de uma base de dados, assim como pelo apoio ao desenvolvimento da indústria da restauração.

A promoção de Macau como uma base de formação do turismo do projeto da metrópole mundial da Grande Baía e garantir o apoio de entidades governamentais de turismo dos países de língua portuguesa são outras prioridades elencadas pela DST.