O ministro da Defesa Nacional assegurou esta quarta-feira que não há “neste momento” necessidade de pensar “num plano operacional” para retirar portugueses e lusodescendentes da Venezuela.

“Neste momento não temos nenhuma indicação por parte do Ministério dos Negócios Estrangeiros de que haja qualquer necessidade de pensar num planeamento operacional para extrair portugueses, lusodescendentes, cujo objetivo é sobretudo continuar a viver na Venezuela e esperamos que haja condições para que assim seja”, afirmou Gomes Cravinho.

Numa audição parlamentar a requerimento do CDS-PP, o ministro da Defesa disse que as Forças Armadas “estão sempre prontas para num curto tempo desenvolver planos para circunstâncias que o justifiquem”. Contudo, a questão não se colocou e “não temos um plano operacional para retirar portugueses da Venezuela”, reiterou.

Face às afirmações do ministro, o deputado do CDS-PP João Rebelo manifestou surpresa afirmando que “não lhe passa pela cabeça” que não exista ainda “uma reflexão” sobre “um plano de evacuação” no Ministério da Defesa e no Estado-Maior General das Forças Armadas.

Perante críticas do PCP e do BE sobre a estratégia do Governo português em relação à situação política na Venezuela, o ministro da Defesa considerou que a matéria cabe ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, escusando-se a discutir o tema em concreto.

PCP e BE acusaram o governo português de assumir uma posição “irresponsável” de “seguidismo” dos presidentes norte-americano, Donald Trump, e brasileiro, Bolsonaro, e de alguns governos europeus, ao reconhecer Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela.

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