“Não matemos Guedes, que continua a ser um jogador descomunal”. Era assim que começava um texto do jornal Deporte Valenciano do dia 1 de abril, há pouco mais de uma semana. Guedes, Gonçalo Guedes, é ainda a contratação mais cara da história do Valencia e tem um lugar especial no coração dos adeptos do clube espanhol. O problema do avançado português, porém, tem sido as lesões. Guedes lesionou-se em dezembro, falhou os primeiros dois meses do ano, regressou à Seleção Nacional no duplo compromisso da qualificação do Euro e mas só jogou cinco minutos contra a Sérvia. Nesse primeiro de abril em que se pedia em Valencia para não matarem Guedes, a temporada do avançado de 22 anos parecia perdida. 

As coisas começaram a mudar dois dias depois, quando o português marcou o golo que deu início à vitória caseira do Valencia perante o Real Madrid (2-1). Esta quinta-feira, as coisas mudaram definitivamente. Gonçalo Guedes bisou na visita do Valencia ao Villarreal para a primeira mão dos quartos de final da Liga Europa e ainda sofreu uma grande penalidade que Parejo desperdiçou (1-3). Com a vitória perante o “submarino amarelo” e os três golos marcados fora, a equipa orientada por Marcelino Toral não só alcançou a primeira vitória fora contra um clube espanhol na Europa desde 1998 como pode já começar a fazer contas às meias-finais e a prestar atenção ao Arsenal, já que o próximo adversário vai sair da eliminatória entre os ingleses e o Nápoles.

Eliminatória essa que, até prova em contrário, sorri ao conjunto orientado por Unai Emery. O Arsenal não deu hipótese aos italianos no Emirates e venceu por dois golos sem resposta, com Ramsey a inaugurar o marcador e Koulibaly a marcar um autogolo que aumentou a vantagem inglesa. O resultado ficou fechado em apenas 25 minutos e o Arsenal só tem de ir a Itália não sofrer golos para avançar rumo às meias-finais — à procura de uma final europeia que escapa desde 2005/06, temporada em que os gunners perderam na final da Liga dos Campeões com o Barcelona.

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No jogo que afeta diretamente o Benfica — o vencedor cruza com o vencedor da eliminatória entre os encarnados e o Eintracht Frankfurt –, o Chelsea venceu na República Checa o Slavia Praga pela margem mínima. O espanhol Marcos Alonso marcou o golo da vitória a quatro minutos do apito final e garantiu a vantagem inglesa para a segunda mão em Stamford Bridge. Os blues estão assim cada vez mais perto de voltar ao jogo derradeiro da competição que conquistaram em 2012/13, quando bateram o Benfica de Jorge Jesus na final de Amesterdão com golos de Fernando Torres e Ivanovic.