Era a salvação de uma temporada, mas tornou-se um dos pesadelos da temporada. O Benfica perdeu com o Marselha no Vélodrome, não conseguiu voltar a desempatar a eliminatória e caiu nas grandes penalidades, falhando o acesso às meias-finais da Liga Europa e ficando virtualmente sem qualquer troféu por conquistar, já que está a sete pontos da liderança do Sporting no Campeonato.

E agora, Roger, quem é que pede desculpa? (a crónica do Marselha-Benfica)

Os encarnados perderam assim a terceira decisão por grandes penalidades de forma consecutiva, depois dos quartos de final da Taça de Portugal da época passada com o Sp. Braga, a meia-final da Taça da Liga desta época com o Estoril e agora os quartos de final da Liga Europa com o Marselha. Curiosamente, esta é também a terceira temporada seguida em que o Benfica é eliminado nos quartos de final de uma competição europeia, sendo que nas últimas duas tinha acontecido na Liga dos Campeões.

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A equipa de Roger Schmidt deixa as competições europeias com 12 jogos, quatro vitórias, três empates, cinco derrotas e 16 golos sofridos contra 14 marcados, tendo sido afastada por uma equipa francesa na Europa pela terceira vez. Já depois do final do jogo, na zona de entrevistas rápidas, o treinador alemão garantiu que não tem de “justificar nada”.

“Não tenho de justificar nada. Posso dar-vos o meu comentário sobre o jogo. Esperávamos que o Marselha nos colocasse sob pressão e eles colocaram muita intensidade no jogo, mas nós defendemos muito bem os espaços mais perigosos. Eles acabaram por não criar grandes oportunidades. Na segunda parte poderíamos ter marcado o primeiro golo, o que seria muito positivo para nós e teria ajudado na eliminatória. Depois eles marcaram já perto do final e isso mudou o jogo por completo. Fomos a penáltis e perdemos, o que é lamentável”, começou por dizer.

Mais à frente, Schmidt explicou que é “muito difícil” justificar mais uma derrota nas grandes penalidades. “Faz parte dos treinos. Temos bons executantes, mas acontece. Se cometemos um erro, os outros aproveitam”, acrescentou, antes de detalhar a entrada de Arthur Cabral apenas durante o prolongamento. “Penso que estávamos bem no jogo. Fizemos duas alterações, com o Kökçü e o João Mário, e estávamos bem no ataque, equilibrados. Foi por isso que entrou mais tarde no jogo”, comentou, terminando com a ideia de que o resto da temporada passa por “jogar cinco jogos de excelência”.

Já Florentino, um dos elementos que cumpriu os 120 minutos, assumiu a desilusão. “Não sou só eu que estou desiludido, a equipa está toda desiludida. Creio que fizemos pelo apuramento. Fomos consistentes durante os 120 minutos, se calhar não tivemos o futebol que tivemos nos últimos jogos, mas sabíamos que ia ser difícil. A equipa portou-se bem, mas creio que o detalhe fez a diferença”, começou por dizer.

“Faltou o golo. São detalhes que fazem a diferença. A equipa esteve concentrada no tempo que pôde e foi uma distração, mas creio que demos tudo em campo e saímos de cabeça erguida. Não foram só eles que falharam os penáltis. Somos uma equipa e quando falha um, falham todos. Estamos unidos”, terminou o jovem médio, referindo-se a Di María e António Silva.