A Harley-Davidson é um dos mais conhecidos fabricantes de motos, mas as vendas já conheceram melhores dias. Daí que o construtor americano tenha sido o primeiro a apostar decididamente nas motos eléctricas, com a LifeWire a ser o seu primeiro modelo que, em vez de gasolina, é alimentado por bateria.

Com a primeira apresentação à imprensa a decorrer em Nova Iorque, foi finalmente possível conhecer todas as características do veículo. A estética faz lembrar algumas Harley convencionais, especialmente as mais desportivas e acessíveis, como a Sportster, visando aliciar uma clientela mais nova, que não se revê no estilo demasiado clássico da marca americana.

Concentrando na parte inferior tudo o que é pesado, do motor à bateria, para melhorar o centro de gravidade, o que ajuda à agilidade da moto, a LifeWire monta um motor eléctrico de 106 cv, o que lhe permite atingir 177 km/h e os 96,5 km/h em apenas 3 segundos. Logo por cima do motor surge a bateria de iões de lítio (com células Samsung), com uma capacidade de 15,5 kWh, o que lhe garante uma autonomia de 235 km, segundo o método americano EPA, mais exigente do que o europeu WLTP, que deverá homologar um valor cerca de 10% superior.

Para recarregar a LifeWire, o condutor tem uma tomada CCS Combo escondida sob o que parece ser o bocal do depósito de gasolina, que permite recarregar a moto em AC, a baixa potência, ou em DC, a alta. Nestas condições, a LifeWire pode ir de 0-80% em 40 minutos, ou de 0-100% numa hora.

A Harley eléctrica vai começar a ser entregue aos clientes a partir do Outono deste ano, nos EUA e na Europa, o que deverá incluir Portugal, onde já é possível encomendá-la deste Abril, com um preço anunciado de 34.500€, um valor mais elevado do que mesmo as Harley mais sofisticadas e dispendiosas e cerca de três vezes mais do que as Sportster.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR