Frank Williams é um personagem inconfundível no mundo da F1. Começou a sua carreira no papel de piloto e mecânico, mas dirige a sua equipa de Fórmula 1 desde 1969 e nem um acidente rodoviário, que o deixou tetraplégico e o confinou a uma cadeira de rodas, lhe retirou o gozo pela vida, pela competição e pelas vitórias. Mesmo se, de momento, se encontra afastado da luta pelas primeiras posições.

Apesar dos seus carros ocuparem as duas últimas posições entre os 20 pilotos inscritos no campeonato de 2019, com 10 provas disputadas e 11 ainda em aberto, nem isso retirou a vontade a Sir Frank Williams de acolher as manifestações de respeito e simpatia do circo da F1, todos eles desejosos de homenagear um dos mais reputados chefes de equipa, lugar que hoje partilha com a sua filha Claire.

Uma das “prendas” mais exuberantes que lhe foram oferecidas foi uma hot lap ao lado de Lewis Hamilton, igualmente britânico que já conta com cinco vitórias em campeonatos do mundo e que, tudo indica, se prepara para chamar a si o 6º título de campeão em 2019. O veículo escolhido para a volta canhão ao lado do piloto que se prepara para, no final do ano, ficar a apenas um ceptro do recorde de Michael Schumacher (7) foi o possante, mas mais confortável do que desportivo, Mercedes-AMG S 63 Cabrio.

Colocar o que quer que seja com 630 cv nas mãos de Hamilton é sempre um risco, mas o respeito que Lewis tem por Sir Frank, para quem nunca pilotou, levou o piloto da Mercedes a ser tão comedido quanto possível. Isso e a certificar-se a todo o instante que o seu “copiloto” continuava a gostar da experiência, ele que não se consegue agarrar para se proteger das forças a que o seu corpo foi sujeito a bordo. Mas, no final, todos estavam visivelmente satisfeitos. Até o “patrão” há 50 anos, que confessou há muito não andar depressa ao lado de ninguém…

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