A prostituição, o tráfico de droga e o contrabando valem 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), uma medida para os valores de todos os bens e serviços gerados pelo país, noticia o Jornal de Negócios. Desde 2014, ano em que foi feita a primeira estimativa por imposição do Eurostat, a parcela do PIB reservada às atividades ilegais subiu 0,1 pontos percentuais, de 629 milhões de euros para 804 milhões de euros.

Segundo o documento do Instituto Nacional de Estatística (INE) consultado pelo Jornal de Negócios, além da produção legal no país, “o PIB abrange ainda atividades ilegais, como a prostituição, a produção e o comércio de drogas, o contrabando”. E “estas três atividades correspondem aproximadamente a perto de 0,5% do PIB”, contabilizou o instituto.

Há quatro anos, quando esta estimativa foi publicada pela primeira vez, as contas portuguesas coincidiam a média europeia — 0,38% do PIB. Para 2018 ainda não há estimativa para o conjunto da União Europeia.

Como recorda o Jornal de Negócios, a representação das atividades ilegais no PIB foi imposta aos membros das Nações Unidas desde 1993, mas até 2014 os países da União Europeia estavam dispensados de fazer essas contas. Argumentava-se que isso faria subir o rendimento nacional bruto das economias e que, de qualquer modo, essa representação seria quase residual em países desenvolvidos.

Isso mudou há quatro anos por ordens do Eurostat, depois de os estatísticos terem criado uma fórmula uniformizada para a estimativa da parcela do PIB criada por atividades ilegais. Segundo o INE, “as metodologias utilizadas assentam em grande medida em hipóteses, simplificações e convenções, que foram discutidas ao longo de vários anos no Sistema Estatístico Europeu visando assegurar a comparabilidade entre os Estados Membros, utilizando informação indireta e diversificada sobre estas atividades”.

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